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'Houve consenso', diz Haddad sobre divisão dos cortes no Orçamento

Gabriela Biló /Folhapress
Imagem: Gabriela Biló /Folhapress

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

22/05/2025 16h12

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o congelamento de R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2025 foi decidido com o consenso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos demais ministros palacianos.

O que aconteceu

Haddad diz que governo está empenhado com o ajuste fiscal. O ministro destacou que o bloqueio de R$ 10,6 bilhões e o contingenciamento de R$ 20,7 bilhões foram definidos com o aval de todos os ministros e do presidente Lula. "Isso foi decidido de comum acordo, todo mundo compreendeu essa necessidade e, obviamente, deseja que o quadro melhore daqui para frente", afirmou.

Ministro destaca corte superior ao estimado pelo mercado. "Essas medidas nos parecem suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal", disse Haddad, sobre a expectativa de congelamento entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões. "Foi feita uma análise muito criteriosa", afirmou.

Titular da Fazenda destaca transparência com o ajuste fiscal. "A caixa preta do Orçamento está 100% aberta, todo mundo vai poder fazer conta e saber quem está levando a parte do Orçamento", afirma Haddad. Segundo o ministro, a postura permite uma maior harmonia com o Congresso e o Judiciário para conduzir a política econômica.

Formalização dos cortes será divulgada na próxima semana. A divisão dos valores, por órgão, será apresentada na sexta-feira da semana que vem (30). Os órgãos deverão indicar as programações a serem bloqueadas/contingenciadas em até cinco dias úteis. "Houve um consenso sobre o que fazer", diz Haddad.

Cortes divulgados vislumbram o cumprimento das metas do arcabouço fiscal. A equipe econômica persegue o fim do déficit primário neste ano. Para isso, as receitas e as despesas devem ser equivalentes e superar em, no máximo, o intervalo de tolerância de R$ 31 bilhões, correspondente a 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

Equipe econômica diz batalhar para não recorrer à margem de tolerância. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, garante que a pasta está comprometida em buscar o centro da meta de resultado primário. "No ano ado, vocês vão se lembrar que a gente chegou no cumprimento da meta mais próximo do centro do que da banda. È o nosso compromisso", afirma ele.

Durigan defende recomposição fiscal para "colocar o Brasil nos trilhos". Para o secretário, as medidas surgem para acompanhar o desenvolvimento econômico. "No ano ado, a gente fechou uma boca que começou a se abrir em 2014 e gerou uma discrepância entre receita e despesa", avaliou ele.

'Estamos saindo de 10 anos de déficit crônico', diz Haddad. O ministro afirma que a equipe econômica vai garantir um ambiente macroeconômico coerente após anos com os gastos públicos na casa de 2% do PIB. "Não é uma tarefa fácil aquela que o governo impôs, de virar a página desse déficit crônico", ressalta ele.

Do ponto de vista das entregas da equipe econômica, estamos bastante satisfeitos.
Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda

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