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Saiba quanto MC Poze do Rodo, preso no Rio, cobra de cachê

O trapper MC Poze do Rodo viralizou recentemente por uma grande compra - Reprodução / Instagram
O trapper MC Poze do Rodo viralizou recentemente por uma grande compra Imagem: Reprodução / Instagram
do UOL

De Splash, em São Paulo

30/05/2025 10h24

MC Poze do Rodo, preso no Rio de Janeiro por suspeita de apologia ao crime e envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho, viu seu cachê aumentar depois de fazer sucesso nos últimos anos.

Quanto Poze do Rodo cobrava por show?

Poze cobrava pelo menos R$ 40 mil de cachê por show. A informação foi divulgada em 2023, quando a Funarj, fundação responsável pela promoção e istração de diversos espaços culturais do Estado do Rio de Janeiro, cancelou uma apresentação do músico no Teatro João Caetano, após críticas de deputados estaduais bolsonaristas.

Na época em que estourou, MC Poze do Rodo disse que recebia um cachê de R$ 20 mil por show. Segundo o funkeiro, era possível acumular por volta de R$ 240 mil por mês com as apresentações.

No mês ado, ele recuperou joias e carros de luxo que haviam sido apreendidos pela polícia em outra operação. Além de carros das marcas BMW, Land Rover e Honda, o funkeiro recuperou 21 cordões de ouro, avaliados num total de quase R$ 2 milhões.

Poze é investigado por apologia ao crime

Artista foi detido no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, por policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). De acordo com a polícia, as investigações apontam que o cantor realizava shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV. A "segurança" desses eventos era garantida pela presença ostensiva de traficantes com armamento de grosso calibre, como fuzis.

A operação tem como base o cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, após evidências de que os shows realizados pelo artista são financiados pela organização criminosa Comando Vermelho, contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados. Polícia Civil, por meio de nota enviada a Splash

Um desses eventos foi realizado no dia 19 de maio deste ano, na comunidade da Cidade de Deus, com a presença de diversos traficantes armados. Segundo as investigações, o show ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.

MC Poze  - Reprodução/Globo - Reprodução/Globo
MC Poze do Rodo é preso por envolvimento com facção criminosa
Imagem: Reprodução/Globo

Repertório musical do cantor também está sob investigação, pois as letras fariam apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incitariam confrontos armados entre facções rivais.

A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos.

Ao deixar a delegacia, o funkeiro disse ser vítima de uma "perseguição". "Essa implicância comigo já é de muito tempo. [...] Isso é perseguição, é cara de pau. [...] Quem [eles] têm que pegar tá lá no morro, não sou eu", disse, em resposta a um repórter.

Em nota a Splash, a defesa de Poze do Rodo diz que as acusações "não fazem sentido". "Nosso cliente foi surpreendido com um mandado de busca e apreensão e prisão temporária em sua casa hoje."

Negam-se todas as ilações feitas, posto que não há acusação formal, e que jamais poderia ser feita, já que peças artísticas não podem sequer serem cogitadas para averiguação de letras ou significados permitidos ou proibidos.

Ele foi levado a uma unidade prisional onde estão membros do Comando Vermelho após declarar não ter problemas em conviver com integrantes da facção. "Durante os procedimentos de triagem, o citado declarou não ter problemas em conviver com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Em razão disso, foi direcionado à unidade prisional onde estão custodiados outros membros da mesma facção, conforme protocolo de segurança adotado pela pasta", disse a Secretaria de Estado de istração Penitenciária em nota.

Justiça manteve a prisão temporária do artista por 30 dias. Ele foi preso ontem, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da capital fluminense, por policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

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