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Celular e drone: milhares de itens são lacrados na Amazon e Mercado Livre

Fiscal da Anatel participa de ação contra pirataria em galpão de marketplace - Divulgação/Anatel
Fiscal da Anatel participa de ação contra pirataria em galpão de marketplace Imagem: Divulgação/Anatel
do UOL

De Tilt, em São Paulo

03/06/2025 11h17Atualizada em 03/06/2025 18h36

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) recolheu mais de 3 mil itens piratas em galpões de Amazon, Mercado Livre e Shopee. Dentre os produtos, havia drones, smartphones e TVs box.

O que aconteceu

Órgão vasculhou centros de distribuição em busca de produtos não homologados. A ação ocorreu nos dias 26 e 27 de maio em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Bahia. O balanço das apreensões só foi divulgado ontem.

Produtos não homologados são aqueles que não foram avaliados pela Anatel. Eles são considerados piratas por não arem por testes de segurança, funcionamento e conformidade impostos pela agência. Segundo a Anatel, esses itens representam "riscos sérios à segurança do consumidor e à integridades das redes de telecomunicações".

Drones, baterias, celulares e carregadores, TVs box piratas e roteadores sem fio. A Anatel explica que drones não homologados podem ser perigosos para o tráfego aéreo. Quanto aos celulares, há riscos de vazamentos e explosões. Sobre TVs box piratas, o órgão cita risco à segurança de dados pessoais. Por fim, roteadores podem limitar o o à internet dos usuários.

Marketplaces que mais somaram apreensões foram, em ordem:

  • Amazon - 1.700 itens lacrados
  • Mercado Livre - 1.500 itens lacrados
  • Shopee - 72 itens lacrados

Anatel diz que fiscalização é esforço para combater pirataria e proteger consumidor. Em nota, o conselheiro Alexandre Freire, da Anatel, ressalta que "não se pode transferir ao consumidor a responsabilidade de identificar se um produto é seguro ou não". Para ele, "marketplaces e outras plataformas têm o dever de coibir a venda de produtos não homologados".

Procurada, a Shopee diz que tem "colaborado ativamente com a Anatel no combate à venda de aparelhos não homologados" e que tornou obrigatório o "preenchimento do código de homologação de celulares e TV box para todos os vendedores".

A Amazon diz revisar produtos apreendidos e que coopera com a Anatel. Empresa diz que não houve apreensão de produtos irregulares no centro de distribuição de São João do Meriti (RJ), no dia 26 de maio, e que não houve apreensão de celulares em Cajamar (SP). Empresa diz que está revisando produtos apreendidos no centro de distribuição de Cajamar e que segue cooperando com a Anatel. O Mercado Livre ainda não retornou o contato da reportagem, porém o espaço segue aberto.

Em nota, o Mercado Livre diz os produtos apreendidos representam 0,37% dos 400 mil produtos em conformidade com a Anatel. Markeplace diz que esta baixa porcentagem é sinal da proatividade da empresa em cumprir o estabelecido. A empresa diz ainda que é contra o bloqueio de plataformas por terem produtos não-homologados.

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