Pedro Cardoso critica Leo Lins e detona stand-up: 'Serpente do fascismo'

Pedro Cardoso, 62, usou suas redes sociais hoje para criticar Leo Lins, condenado por proferir discursos preconceituosos contra "diversos grupos minoritários".
O que aconteceu
O ator iniciou falando sobre Leo. "Sobre Leo Lins, sugiro que leiam, no site Pretessências, a opinião de Aquiles Argolo. As palavras de Argolo, como sempre, dão-nos a dimensão da potência da violência racista no brasil; e a proporcional reação que, ainda bem, lhe oposta."
Eu tenho dito, faz muito tempo, que o tipo de teatro a que chamam "stand up" se tornou um ninho no brasil onde se desenvolveu o ovo da serpente do fascismo. Não todos, mas tantos comediantes de "stand up" se permitiram as mal-educações fascistas que se pode dizer de uma generalidade com excessões. Pedro Cardoso
Ele aponta que o stand-up tem servido para proferir discursos preconceituosos. "Comediantes com mensagens fascistas valeram-se do "stand up" e disfarçaram de entretenimento teatral cômico o que era discurso político agressivo. Violentaram o teatro."
Pedro aponta que há diferença quando é um personagem que está falando. "O público hoje já tem dificuldade de rir de um personagem agressivo por receio de estar aprovando, com seu riso, o que seria a agressividade da pessoa que o representa. Confusão provocada por comediantes irresponsáveis. Não há crime em ato ficcional narrativo. Personagens são fantasma imateriais."
Ele reforçou que a criminalização é necessária em alguns casos. "Mas quando o autor toma o lugar do personagem, o ato ficcional se torna disfarce onde se esconde um ato real. Devemos criminalizar a piada racista, ou a misoginia, quando o ato já não for ficcional, ainda que disfarçado de o ser. "