Topo
Entretenimento

Nego Di é condenado a mais 11 anos de prisão por estelionato no RS

do UOL

De Splash, em São Paulo

10/06/2025 18h09

O humorista e influenciador digital Dílson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por estelionato em Canoas, no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada a Splash pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Nego Di e o sócio, Anderson Bonetti, receberam a condenação de 11 anos e 8 meses em virtude de crimes de estelionato contra 16 vítimas de Canoas. Na decisão, a magistrada Patrícia Pereira Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, afirma que o inquérito policial registrou 370 crimes de estelionato da loja virtual dos denunciados, chamada "TADIZUERA", entre 8 de março e 26 de julho de 2021.

A condenação detalha que a loja virtual comercializava televisões, smartphones e aparelhos de ar-condicionado com preços abaixo dos valores de mercado sem ter condições de cumprirem com as ofertas. A decisão informa que os clientes dos denunciados não receberam os produtos adquiridos e nem o estorno dos valores pagos.

A juíza Patrícia Pereira Tones classificou o caso como um "verdadeiro esquema meticulosamente organizado para ludibriar um grande público". Ela menciona que o artista, ex-participante do Big Brother Brasil 21 (Globo), usou de sua imagem pública para atrair as vítimas.

"[Eles tiveram] vantagem financeira expressiva e de lesividade social altíssima, pois focado em pessoas de condição financeira não elevada, em comércio de bens de consumo necessários e que se valeu da credibilidade inconteste de que um dos réus ostentava para retardar a percepção geral de que se tratava de um crime, viabilizando a concretização de outras tantas vendas, potencializando, assim, os lucros auferidos pelos autores da empreitada criminosa e, de outra banda, incrementando de forma impressionante o número de pessoas prejudicadas", afirmou a magistrada, na decisão.

Nego Di e Anderson foram presos em julho de 2024. O humorista obteve habeas corpus em novembro do ano ado e permanece em liberdade, cumprindo medidas cautelares, estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre elas a de não ar redes sociais. Já Anderson não poderá apelar em liberdade, seguindo em prisão preventiva.

A defesa de Nego Di publicou uma nota apontando parcialidade e desrespeito na condenação do humorista. "Sua imagem foi utilizada para promover o projeto, confiando nas informações e responsabilidades atribuídas à outra parte envolvida. Não havia vínculo societário formal nem atuação conjunta na istração do negócio", afirmou a advogada Camila Kersch.

A advogada do artista ainda diz que as vítimas concordaram em negociar e foram ressarcidas de forma voluntária por Nego Di. "Isso demonstra seu compromisso em reparar integralmente os danos, apesar de não ter executado os atos nem se beneficiado diretamente das transações", acrescentou.

Ela encerrou a manifestação afirmando que a defesa irá interpor os recursos cabíveis contra a condenação de Nego Di.

Entretenimento