Dorival fala em 'sentimento de impotência' e culpa gol relâmpago após queda

Dorival Júnior não poupou adjetivos para lamentar a derrota do Corinthians para o Huracán, da Argentina, na Copa Sul-Americana, que decretou a eliminação na fase de grupos. O técnico também criticou a postura do Timão no gol relâmpago dos adversários.
'Sentimento de impotência' e gol relâmpago
O comandante alvinegro apareceu na coletiva após a queda no torneio continental com semblante abatido. A derrota para a equipe reserva do Huracán, que teve nove modificações para o confronto de ontem (27), foi um baque para a nova comissão técnica.
Sentimento de impotência, até porque logicamente, dentro de tudo aquilo que nós preparamos para essa partida, esperávamos uma atuação um pouquinho diferente daquilo que aconteceu. Nós temos que assumir esse compromisso e uma responsabilidade ainda maior em relação àquilo que foi feito hoje.
Dorival Júnior, em coletiva após Huracán 1x0 Corinthians
Além do sentimento negativo, Dorival destacou um problema crônico do Timão: sofrer gols relâmpago. O treinador criticou a postura da equipe no início da segunda etapa do confronto contra os argentinos. Até Hugo Souza, goleiro convocado para a seleção, falhou no lance e aceitou a finalização de Franco Watson.
Pela terceira vez, nós tomamos um gol no retorno do segundo tempo e isso tem penalizado a nossa equipe consideravelmente. Nos tirou pontos importantes, inclusive a possibilidade de uma classificação. Temos que continuar trabalhando, melhorando, temos que crescer, temos essa obrigação e esse compromisso com o nosso torcedor. Nós temos duas competições muito importantes, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. E temos que nos voltar totalmente para... tentarmos apagar e deixarmos uma impressão bem diferente daquilo que foram as duas competições.
Dorival Júnior
O que mais Dorival disse
Houve desinteresse do Corinthians na Sul-Americana? "Olha, teoricamente nós colocamos a melhor equipe para jogarmos a Sul-Americana, então não há como você pontuar que exista um desinteresse geral de todos. Ao contrário, a nossa preocupação era a nossa agem nessa fase, o que seria muito importante para todos nós. Nós focamos toda a atenção possível justamente para essa partida. Preparamos a equipe para um momento como esse. E, realmente, a qualidade da partida hoje foi muito aquém daquilo que nós deveríamos e gostaríamos que acontecesse."
Entradas de Talles e Coronado no 2º tempo. "Nós queríamos abrir um pouco mais o nosso time. Nós voltamos para o segundo tempo justamente com essa definição. Abrirmos um pouco mais, tentamos explorar um pouco mais os lados do campo, com o Tales, e, principalmente, do lado direito, depois da entrada do Matheus, ficaríamos com o corredor para buscar agens. Aconteceram em algumas situações, não se completaram as jogadas, mas foi uma tentativa importante, dentro de um contexto que vinha sendo apresentado na partida."
Qual a obrigação do Corinthians agora? "A obrigação é o melhor campeonato brasileiro possível e lutarmos até o fim da Copa do Brasil, que será muito importante para o clube."
Impeachment de Augusto Melo. "Não tive nenhum contato [com o Osmar Stabile, presidente interino]. Nosso trabalho e nossa preocupação é para dentro do CT, fora dele não posso responder por nada. Sinto pelo presidente, por esse momento do clube, mas estamos trabalhando para o Corinthians dentro do centro de treinamento. Fora das paredes do CT, não tenho como falar nada em razão do desconhecimento da situação."