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Casares fala sobre SAF, explica acordo pela base e traça plano para o São Paulo

04/06/2025 14h12

O presidente do São Paulo, Julio Casares, falou sobre a possibilidade de SAF no clube e explicou o acordo com o grego Evangelos Marinakis pela venda de jogadores da base. O mandatário afirmou que pensa em adotar um modelo empresarial que não necessite de um dono.

"Pode ser um despertar (negociações com Marinakis pela base), porque o São Paulo tem que olhar isso. Eu dizia que o São Paulo não será a primeira SAF, e nem será a última. Estamos no meio desse processo todo. Tivemos SAFa boas e ruins. (...) A SAF não é um milagre. Não sei nem se vai ser uma SAF, mas qualquer parceria como essa que estamos tentando realizar, vai ser algo que prioriza a gestão do futebol, não um aventureiro", disse Casares, em entrevista ao Uol.

"Eu acho que é uma tendência. E não posso dizer que é uma SAF pura. É uma tendência que se o São Paulo não tiver algum acordo empresarial, e não estou entrando em SAF, ele não vai competir mesmo. Qual jogador não quer ir pra um Corinthians, Flamengo, Palmeiras? Estou falando de clubes que não são SAF. Mas hoje você tem um player chamado Bahia, que é o Manchester City, que o jogador para para pensar. Eles entram competitivamente com muito dinheiro. Então os clubes maiores ou menores, ou mesmo aqueles mais tradicionais que não item SAF, o São Paulo tem essa resistência, Corinthians e Palmeiras também. Mas eles tem que pensar em um modelo um pouco mais empresarial. Se não vão ficar para trás. Não digo SAF, mas um modelo parecido ou enfim. Não precisa ser um dono", reforçou.

Casares também revelou que o acordo com Marinakis, dono de clubes do futebol europeu, está em andamento. O grego gostaria de investir no Tricolor como SAF, mas o presidente limitou, por ora, o negócio apenas pela base.

"Esse acordo está em troca de documentos. Eu acredito que sim (se vai acontecer), mas volto a falar que só quando estiver assinado. Acho que até o final do ano. Tem que ser até o final do ano porque é algo que eu quero deixar para começar em 2026", comentou.


"O Marinakis veio ao Brasil e queria me conhecer. Tive um encontro com ele, depois fui duas vezes a Londres, e ele falava do São Paulo como um todo. Ele queria investir como SAF e discutir isso para o futuro. Eu falei que não poderia discutir o São Paulo como um todo porque é bem lá na frente. Acredito que o São Paulo e os outros clubes tem que ter parcerias cada vez mais empresariais. Se é SAF ou um outro modelo, vamos pensar", destacou.

De acordo com Casares, caso o acordo se concretize, Marinakis investirá nas categorias de base do São Paulo e terá direito a um percentual das futuras vendas.

"Eu quero ter um sócio que me ponha dinheiro, e vai ser um sócio que aparenta. E a vantagem do Marinakis é que ele não só tem dinheiro, mas tem plataforma esportiva. Tem o Nottingham, o RioAve e o Olympiakos. Vou ter uma porta para a Europa muito mais rápida. Não está fechado, estamos conversando, tem que ser com muito critério. Jamais é vender base. Jamais é ativo da base. É um acordo de valor operacional. Como eu tenho sócio hoje que é um empresário que chega lá um garoto já com sócio, uma pizza fatiada, eu não ganho nada. Agora vou ter alguém que me coloca um dinheiro e naturalmente, quando eu vender um jogador, vai ter o percentual dele"

O presidente, por fim, traçou um plano para o São Paulo voltar a figurar como um dos grandes no futebol. Ele espera que o clube seja um "player mundial" até 2030, ano do centenário.

"Eu acredito que em 2027, 2028, o São Paulo começa a dar os primeiros os. Mas em 2030, no centenário, o São Paulo será um grande clube. Não vou iludir e falar que em 2026 já vai estar bom. Em 2027, porque 2026 será um ano muito difícil. Mas 2027, 2028, vamos dar os primeiros os para em 2030 dizer que o São Paulo, hoje, é um player mundial", pontuou.

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