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Não é verdade que ajuste fiscal esteja sendo feita só via arrecadação, diz Haddad

São Paulo

23/05/2025 10h04

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta sexta-feira, 23, que a medida anunciada na tarde desta quinta-feira, 22, que prevê alterações na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não indica que o governo federal busca fazer um ajuste fiscal apenas pelo lado das receitas. A medida tem um impacto arrecadatório de cerca de R$ 20 bilhões, de acordo com a pasta.

Questionado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, se as medidas do IOF am a mensagem de que o governo sempre busca fazer ajustes aumentando a arrecadação, e não via corte de gastos, Haddad se limitou a responder que "R$ 30 bilhões é maior que R$ 20 bilhões", em referência ao relatório bimestral de maio do governo, que sinalizou um congelamento de R$ 31,3 bilhões nas despesas do Executivo. "R$ 30 bilhões contra R$ 20 bilhões. Faz a conta. 30 é maior que 20", disse o chefe da Fazenda.

O pronunciamento de Haddad foi convocado na manhã desta sexta-feira em São Paulo, para explicar o recuo do governo em parte das medidas que alteram o funcionamento do IOF, anunciadas na noite de quinta.

Ruído no mercado

Haddad também negou que esse recuo e a consequente perda de arrecadação com as novas alíquotas de IOF pudesse significar um novo ruído para o mercado financeiro, em relação ao cumprimento das metas fiscais. Ele explicou que o recuo deve significar uma perda arrecadatória de apenas R$ 2 bilhões, frente a um ajuste total maior, de R$ 54,0 bilhões.

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