Trump ameaça Europa com tarifas de 50%

Donald Trump ameaçou hoje impor tarifas de 50% sobre bens importados da União Europeia a partir de 1º de junho.
"Nossas negociações com eles não estão levando a lugar nenhum! Portanto, estou recomendando uma tarifa direta de 50% sobre a União Europeia, com início em 1º de junho de 2025", postou Trump nesta manhã em sua rede Truth Social. A tarifa é duas vezes e meia maior do que a de 20% que havia sido anunciada por Trump para produtos do bloco em 2 de abril e que está suspensa desde então.
Ele também afirmou que iPhones fabricados fora dos EUA poderão sofrer uma taxação de 25%.
"Informei há muito tempo a Tim Cook, da Apple, que espero que os iPhones que serão vendidos nos Estados Unidos da América sejam fabricados e montados nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar."
Após a publicação de Trump, as ações americanas despencaram nos mercados futuros, o dólar perdeu valor e o ouro se aproximou da maior alta semanal do mês.
Israel mata mais 66 na Faixa de Gaza em menos de 2 dias
Bombardeios israelenses mataram mais 66 pessoas na Faixa de Gaza desde a meia-noite de ontem, segundo a Defesa Civil do território.
De acordo com o porta-voz Mohamed al Mughayir, outras dezenas ficaram feridas nos ataques que se concentraram no sul e no centro do território.
O número de mortos desde que Israel abandonou o acordo de cessar-fogo em 18 de março chega a 3.613 - são mais de 53,7 mil desde o início da ofensiva israelense que se seguiu à incursão do Hamas a Israel, deixando cerca de 1.200 mortos e fazendo 251 reféns em outubro de 2023.
Hoje, Netanyahu atacou os primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e canadense, Mark Carney, além do presidente francês, Emmanuel Macron, dizendo que eles estão "do lado errado da humanidade".
No começo da semana, os três líderes condenaram o bloqueio israelense à distribuição de alimentos e medicamentos na Faixa de Gaza, imposto por Israel desde o começo de março.
A declaração de Netanyahu foi feita durante discurso após o assassinato de dois funcionários da embaixada de Israel em Washington por um americano de sobrenome latino na noite de quarta-feira. Ao ser preso, o suspeito gritou "Palestina livre!".
Governo Trump proíbe estudantes estrangeiros em Harvard
O governo Trump cancelou o direito da Universidade de Harvard, a mais antiga dos EUA, de matricular estudantes estrangeiros.
A medida foi anunciada pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. Ela acusa a universidade de "fomentar a violência, o antissemitismo" e de "se alinhar com o Partido Comunista da China em seu campus".
Em nota, a universidade classificou a ação do governo de "ilegal".
"Essa ação retaliatória ameaça prejudicar gravemente a comunidade de Harvard e o nosso país, e prejudica a missão acadêmica e de pesquisa da universidade".
O governo Trump já havia suspendido a transferência de verbas federais para Harvard e ameaçado outras universidades.
No mês ado, 700 acadêmicos de renome escreveram uma carta aberta à sociedade americana alertando para a "intrusão governamental sem precedentes" nas universidades.
"Estudo o autoritarismo e regimes autoritários há mais de 30 anos, regimes autoritários tendem a atacar universidades porque elas costumam ser centros muito influentes de dissidência", disse Steven Levitsky, autor do livro "Como as Democracias Morrem" e um dos signatários da carta.
Venezuela elegerá deputados e governador de território na Guiana
Eleitores venezuelanos vão às urnas neste domingo para eleger deputados e governadores, inclusive da região de Essequibo - território sob istração da Guiana reivindicado pela Venezuela.
"É inabalável a nossa vontade de recuperar os direitos históricos, territoriais e para além da Guiana Essequiba", disse Nicolás Maduro.
A iniciativa foi classificada como uma ameaça pelo presidente da Guiana, Irfaan Ali. Ele também afirmou que fará "todo o possível para garantir que a integridade territorial e a soberania da Guiana permaneçam intactas".
A votação ocorrerá toda em território venezuelano, na fronteira, sem a participação da população de Essequibo.
Há décadas, a Venezuela reivindica o território, anexado à Guiana no século 19 durante o período da colonização inglesa. No ano ado, Maduro promulgou uma lei declarando a região uma província da Venezuela.
Em março, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, assinou um acordo militar com a Guiana e afirmou que um eventual ataque venezuelano contra o país "não terminaria bem".
A mentira nas fotos de Trump para constranger presidente sul-africano
Uma imagem que, segundo Donald Trump, mostraria corpos de fazendeiros brancos mortos na África do Sul na realidade foi feita pela agência de notícias Reuters durante a gravação de uma reportagem sobre a guerra civil na cidade de Goma, no Congo.
A foto foi usada por Trump para tentar constranger o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, durante o encontro entre os dois líderes na quarta-feira.
"Esses são todos agricultores brancos que estão sendo enterrados", disse Trump, para sustentar a acusação falsa de que há um genocídio contra os brancos na África do Sul.
Trump também exibiu uma foto de cruzes em uma estrada sul-africana, afirmando que elas retratavam "locais de sepultamento" de "mais de mil fazendeiros brancos".
Na realidade, as cruzes faziam parte de uma instalação artística de protestos contra vítimas de violência no país.
"As cruzes eram simbólicas, representando o que estava acontecendo no país", disse à BBC o fazendeiro sul-africano branco Roland Collyer, da região de KwaZulu-Natal.
Segundo ele, a iniciativa foi tomada há cerca de 5 anos pela comunidade local após o assassinato de seu tio e sua tia, vítimas de latrocínio.