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Trump determina suspensão de entrevistas de visto para estudantes, diz site

A biblioteca Harry Elkins Widener Memorial, no campus da universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos - Joseph Prezioso - 15.abr.2025/AFP
A biblioteca Harry Elkins Widener Memorial, no campus da universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos Imagem: Joseph Prezioso - 15.abr.2025/AFP
do UOL

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

27/05/2025 14h48

O governo Trump ordenou a suspensão do agendamento de entrevistas de candidatos a visto estudantil, pois avalia realizar uma triagem em redes sociais, revelou hoje um telegrama obtido pelo site POLITICO.

O que aconteceu

Segundo o telegrama, o governo avalia exigir que todos os estrangeiros que solicitam permissão para estudar nos EUA em por uma triagem em redes sociais. O documento, assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, não especifica o que seria buscado, mas faz referência a ordens executivas relacionadas a impedir a entrada de terroristas e combater o antissemitismo.

A triagem em redes sociais já é utilizada, mas em casos específicos. Em sua maioria, era um requisito para estudantes que estavam retornando ao país e que poderiam ter participado de protestos contra as ações de Israel em Gaza.

Funcionários do Departamento de Estado reclamam, há meses, que as orientações anteriores são vagas. Eles precisavam, por exemplo, examinar se um estudante participou de protestos universitários pró-Palestina, mas não estava claro se postar a foto da bandeira palestina poderia levar o aluno a ar por uma análise mais rigorosa.

Com efeito imediato, em preparação para uma expansão da triagem e verificação obrigatória de redes sociais, as seções consulares não devem adicionar nenhuma capacidade adicional de agendamento de vistos de estudante ou de visitante de intercâmbio (F, M e J) até que novas orientações sejam emitidas por telegrama separado, o que prevemos ocorrer nos próximos dias. Telegrama obtido pelo POLITICO

Governo Trump vem fechando o cerco contra alunos estrangeiros, sob justificativa de combater o antissemitismo. Na semana ada, a Casa Branca proibiu Harvard de matricular novos alunos estrangeiros e acusou a universidade de fomentar a violência contra judeus no campus.

A pauta anti-imigração foi um dos pilares para a candidatura de Donald Trump. Um dos primeiros atos do presidente dos EUA, no dia da posse, foi declarar emergência nacional na fronteira com o México. Ele também desativou um aplicativo que agendava audiências de asilo, o B One, e pôs fim ao direito de solo, que garantia a cidadania automática a todos os nascidos no país, dentre outras medidas.

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