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Suspeitos de integrar 'tribunal do crime' e decapitar jovem são presos

Polícia Civil de Goiás - Divulgação
Polícia Civil de Goiás Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/05/2025 10h15Atualizada em 28/05/2025 10h15

Um grupo suspeito de integrar o "tribunal do crime" do CV (Comando Vermelho) e decapitar uma jovem em Goiânia há cerca de dois meses foi preso na manhã de hoje em operação da Polícia Civil de Goiás.

O que aconteceu

Oito pessoas foram presas após investigações de "homicídios brutais" em Goiânia. A Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de prisão e buscas relacionadas a inquéritos policiais que apuram o assassinato de dois jovens a mando do CV, entre fevereiro e março deste ano.

Vítimas foram identificadas como João Felipe Silvério da Silva, 27, e Ana Carolina Rudgeri, 22. Ele, morto em fevereiro, foi alvo de diversos disparos de arma de fogo. Já ela foi vítima de decapitação e teve o corpo parcialmente carbonizado no mês seguinte, segundo os investigadores da DIH (Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios).

Grupo praticava crimes como "demonstração de força e dominação da população local", segundo a polícia. Por áudio, obtido e usado como prova durante as investigações, um líder da facção criminosa teria determinado o homicídio de Ana Carolina, dizendo: "Pode matar ela na cara dura, para todo mundo ver. Se tiver de madrugada, amarra no poste e põe é fogo. No meu nome, mano, é no meu nome, entendeu?".

No caso do assassinado de João Felipe, investigadores apontam desavenças antigas entre membros do CV e a vítima. O jovem teria sido espancado por integrantes da facção em ao menos duas ocasiões e avisado por eles de que estavam aguardando autorização da liderança da organização criminosa para matá-lo.

Outro suposto integrante do grupo criminoso foi preso anteriormente. Segundo a polícia, ele teria confessado um dos crimes informalmente a PMs, mas foi solto poucos dias depois por decisão da Justiça, "em razão da incompatibilidade da confissão com outras informações da investigação".

Além das oito prisões, operação cumpriu 14 mandados de busca domiciliar relacionados aos homicídios dos jovens. Os suspeitos não tiveram a identidade informada pelas autoridades e, por isso, não foi possível localizar as defesas. O espaço fica aberto para manifestações.

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