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Bolívia: apoiadores protestam pela candidatura de Morales e polícia prende 20 pessoas

28.mai.2025 - Apoiadores de Morales entraram em confronto com a polícia durante uma manifestação - JORGE BERNAL / AFP
28.mai.2025 - Apoiadores de Morales entraram em confronto com a polícia durante uma manifestação Imagem: JORGE BERNAL / AFP

29/05/2025 22h36

Confrontos entre policiais e manifestantes que exigem o registro da candidatura presidencial do ex-presidente boliviano Evo Morales — impedido de concorrer pela Justiça — deixaram pelo menos 20 pessoas detidas nesta quinta-feira, informou a polícia.

Os manifestantes pressionam há vários dias o órgão eleitoral em La Paz para que aceite a participação do líder indígena nas eleições previstas para agosto, apesar de a Justiça ter determinado que ele não pode disputar um novo mandato e o prazo de inscrições ter se encerrado em 19 de maio.

Nesta quinta-feira, os apoiadores de Morales, de 65 anos, lançaram pedras e rojões contra os policiais, que responderam com gás lacrimogêneo, segundo imagens divulgadas pela imprensa local.

"São 20 presos", disse à imprensa o coronel Roger Montaño, chefe da polícia responsável pelo controle do protesto.

"Estavam portando tintas, balões, rojões e outros materiais contundentes", acrescentou. Ele também informou que três agentes ficaram feridos.

Os confrontos começaram depois que uma representante do Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-Bol), que promove a candidatura de Morales, foi impedida de entrar no Tribunal Supremo Eleitoral para apresentar sua lista de candidatos.

O Pan-Bol não conseguiu registrar a candidatura do ex-presidente a tempo por meio da plataforma digital criada para esse fim, mas insiste que enviou a solicitação dentro do prazo via e-mail.

O Tribunal Supremo Eleitoral considera que a candidatura não foi formalmente apresentada.

Morales, que governou a Bolívia por três mandatos consecutivos entre 2006 e 2019, também está legalmente impedido de se candidatar novamente. Uma decisão judicial de 2023 determinou que nenhum cidadão pode exercer a presidência por mais de duas vezes.

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