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Navio sem fins lucrativos zarpa para Gaza após revés em ataque de drones

01/06/2025 12h40

CATANIA (Reuters) - A organização internacional sem fins lucrativos Freedom Flotilla Coalition (FFC) disse que uma de suas embarcações deixou o porto italiano de Catania no domingo, rumo a Gaza, para entregar ajuda humanitária, depois que uma tentativa anterior falhou devido a um ataque de drones a um outro navio no Mediterrâneo.

A tripulação de voluntários, incluindo a ativista climática Greta Thunberg e o ator irlandês Liam Cunningham, zarpou no Madleen, levando barris do que o grupo chamou de "quantidades limitadas, embora simbólicas", de suprimentos de ajuda humanitária.

Outra embarcação operada pelo grupo, a Conscience, foi atingida por dois drones fora das águas territoriais de Malta no início de maio. O FFC disse que Israel era o culpado pelo incidente. Israel não respondeu aos pedidos de comentários.

"Estamos fazendo isso porque, independentemente das probabilidades que enfrentamos, temos que continuar tentando, porque no momento em que paramos de tentar é quando perdemos nossa humanidade", disse Thunberg aos repórteres em uma conferência antes da partida.

Ela acrescentou que "por mais perigosa que seja essa missão, ela não é nem de longe tão perigosa quanto o silêncio do mundo inteiro diante das vidas que estão sendo perdidas em um genocídio".

A FFC disse que a viagem "não é caridade". "Trata-se de uma ação direta e não violenta para desafiar o cerco ilegal de Israel e a escalada dos crimes de guerra".

A situação em Gaza é a pior desde o início da guerra entre Israel e os militantes do Hamas, há 19 meses, disseram as Nações Unidas na sexta-feira, apesar da retomada das entregas de ajuda limitada no enclave palestino.

Sob crescente pressão global, Israel encerrou um bloqueio de 11 semanas em Gaza, permitindo a retomada de operações limitadas lideradas pela ONU.

Na segunda-feira, também foi lançada uma nova via de distribuição de ajuda - a Gaza Humanitarian Foundation - apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, mas com a qual a ONU e os grupos de ajuda internacional se recusaram a trabalhar, dizendo que ela não é neutra e tem um modelo de distribuição que força o deslocamento dos palestinos.

(Reportagem de Danilo Arnone, em Catânia, e Giulia Segreti, em Roma; edição de David Holmes)

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