Israel diz estar pronto para 'proteger espaço marítimo' após saída de barco de ajuda da Itália
A Marinha israelense está preparada para "proteger o espaço marítimo" contra um barco que zarpou da Itália no domingo com o objetivo declarado de entregar ajuda humanitária a Gaza, afirmou nesta terça-feira (3) um porta-voz das forças militares.
"A Marinha está mobilizada dia e noite para proteger o espaço marítimo e as fronteiras de Israel", declarou o general Effie Defrin durante uma coletiva de imprensa televisionada.
"Também neste caso, estamos preparados", acrescentou, em resposta a uma pergunta sobre o "Madleen", o veleiro que partiu no domingo da cidade italiana de Catânia rumo à Faixa de Gaza.
Defrin assegurou que não entraria em "detalhes" sobre como as forças militares israelenses estão se preparando, mas considerou que o seu país "adquiriu experiência nos últimos anos" e vai agir "em consequência".
O "Madleen", fretado pela Coalizão Flotilha da Liberdade, partiu no domingo com uma dezena de pessoas a bordo, entre elas a ativista ambiental sueca Greta Thunberg.
O objetivo da missão, segundo a Coalizão, é entregar um carregamento de ajuda humanitária para Gaza, apesar do bloqueio marítimo imposto por Israel ao pequeno território palestino devastado por quase 20 meses de guerra.
O conflito opõe Israel ao movimento islamista palestino Hamas, que desencadeou a guerra após seu ataque no sul do território israelense em 7 de outubro de 2023.
"Juntos podemos abrir um corredor marítimo cívico para Gaza", escreveu a Coalizão nesta terça-feira na rede social X.
A Coalizão Flotilha da Liberdade, fundada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade aos palestinos, com uma dimensão humanitária e de reação política contra o bloqueio de Gaza.
No início de maio, o barco "Conscience", com o qual a Coalizão esperava reunir simpatizantes, entre eles Greta Thunberg, em Malta, e depois viajar para Gaza, foi danificado.
Os ativistas suspeitam de um ataque de drones israelenses.
A situação humanitária é desastrosa na Faixa de Gaza, onde "100% da população" está ameaçada pela fome, segundo a ONU.
sa-mj/bfi/mm/sag/arm/rpr
© Agence -Presse