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Imigrante acusado de ameaçar Trump segue detido apesar de suposta armadilha

04/06/2025 20h36

O imigrante mexicano acusado pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos de ameaçar matar o presidente Donald Trump seguirá detido após uma audiência realizada nesta quarta-feira (4), embora os investigadores considerem que ele é vítima de uma armadilha, informou a mídia americana.

No fim de maio, o departamento, conhecido pela sigla DHS, publicou uma carta manuscrita em inglês que atribuiu a Ramón Morales Reyes, um imigrante em situação irregular, segundo a qual ele prometia se autodeportar após atirar na cabeça de Donald Trump em um de seus atos públicos.

Agentes do Serviço Federal de Imigração (ICE, na sigla em inglês) prenderam este imigrante mexicano de 54 anos, que foi levado para a carceragem do condado de Dodge em Juneau, Wisconsin (norte).

Mas, desde então, o caso sofreu uma reviravolta.

Os investigadores começaram a suspeitar que Morales Reyes não era o autor da carta, entre outros motivos porque o mexicano não fala inglês com fluidez.

Então, os agentes aram a se interessar por Demetric Scott, um homem contra quem o mexicano deveria testemunhar em um julgamento, e descobriram que ele enviou cartas da prisão para que Morales Reyes fosse deportado e evitar o seu depoimento.

Scott foi acusado na segunda-feira de roubo de identidade, intimidação de testemunhas e violação de fiança, segundo documentos judiciais consultados pela AFP.

Nesta quarta foi realizada uma audiência sobre o caso de Morales Reyes, mas a juíza de imigração Carla Espinoza estimou que precisa de mais tempo para revisá-lo, informaram meios de comunicação americanos.

A advogada do DHS, Caitlin Corcoran, disse à juíza que Morales Reyes poderia optar por uma fiança enquanto continuam os seus procedimentos migratórios, acrescentaram os veículos de informação.

O DHS não removeu o comunicado com a acusação de seu site.

"A investigação sobre a ameaça continua. Durante a investigação, determinou-se que este indivíduo se encontrava no país ilegalmente e tinha antecedentes criminais", afirmou o DHS à AFP na sexta-feira ada.

A próxima audiência está prevista para 10 de junho. Morales Reyes, no entanto, seguirá detido.

erl/nn/rpr/am

© Agence -Presse

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