Microsoft anuncia reforço de cooperação cibernética com UE
A Microsoft disse, nesta quarta-feira (4), que intensificaria sua cooperação com os governos europeus contra as ameaças cibernéticas, incluindo a recopilação de inteligência potencializada por inteligência artificial (IA).
Seu novo Programa de Segurança Europeu "põe a IA no centro do nosso trabalho como uma ferramenta para proteger as necessidades tradicionais de cibersegurança", escreveu o vice-presidente da Microsoft, Brad Smith, em uma publicação de blog.
O objetivo é proporcionar inteligência em tempo real sobre ameaças cibernéticas aos governos.
O programa se estenderá aos "27 Estados-membros da UE, assim como aos países em processo de adesão à UE, aos membros da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), ao Reino Unido, a Mônaco e ao Vaticano", acrescentou.
A gigante da tecnologia americana acusou os governos de Rússia, China, Irã e Coreia do Norte de estarem por trás do vazamento em redes informáticas europeias com fins de espionagem e outros propósitos.
Os criminosos cibernéticos estão ampliando os ataques mediante o uso de ferramentas como ransomware, que criptografa os dados nos computadores das vítimas e exige que paguem uma quantia para desbloqueá-los.
"Detectamos 600 milhões de ataques a nossos clientes todos os dias", disse Smith aos jornalistas em uma sessão informativa anterior à publicação do blog, qualificando a defesa cibernética de um "gasto de bilhões de dólares para os clientes em toda a Europa".
Os sistemas de IA podem ajudar a detectar e identificar novas formas de ataque, escreveu Smith em sua publicação de blog.
Ao mesmo tempo, a Microsoft detectou que atores maliciosos utilizam a tecnologia para tudo, desde investigar alvos até escrever códigos e "engenharia social", ou seja, convencer empregados humanos a facilitarem o o aos hackers.
As "operações de influência" por parte de governos "estão usando cada vez mais a IA para enganar e confundir", até mesmo, com imagens convincentes, áudios e vídeos "deepfake", acrescentou Smith.
A própria empresa "rastreia qualquer uso malicioso dos novos modelos de IA que lançamos e previne de maneira pró-ativa que atores de ameaças conhecidos os utilizem", escreveu.
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