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Atividade de serviços da China cresce em maio apesar de preocupações com tarifas dos EUA, mostra PMI do Caixin

05/06/2025 06h54

PEQUIM (Reuters) - A atividade de serviços da China expandiu em um ritmo ligeiramente mais rápido em maio, com o volume de novos pedidos crescendo mais rapidamente do que em abril, embora os novos pedidos de exportação tenham diminuído em meio à incerteza decorrente das tarifas dos Estados Unidos, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta quinta-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global subiu de 50,7 em abril para 51,1 em maio, permanecendo acima da marca de 50 que separa expansão de contração.

A leitura ficou em linha com a pesquisa oficial da China, que mostrou que a atividade de serviços subiu de 50,1 em abril para 50,2. O PMI do Caixin é considerado uma leitura melhor das tendências entre as empresas menores, voltadas para exportação, enquanto o PMI oficial acompanha principalmente as empresas de grande e médio porte, incluindo as estatais.

A economia da China cresceu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre, e o governo manteve sua meta de crescimento anual de cerca de 5%. Entretanto, analistas alertam que as tarifas dos EUA podem reduzir significativamente o ímpeto.

Pequim e Washington concordaram com uma pausa de 90 dias durante a qual ambos reduziriam as tarifas de importação, aumentando as expectativass de alívio nas tensões. No entanto, os investidores continuam preocupados com a possibilidade de as negociações progredirem lentamente em meio a riscos econômicos globais persistentes.

"Na frente da demanda externa, os novos pedidos de exportação permaneceram lentos tanto no setor industrial quanto no de serviços. Os custos médios das empresas aumentaram ligeiramente, mas os preços de venda continuaram a enfraquecer, aumentando a pressão sobre os lucros", disse Zhe Wang, economista sênior do Caixin Insight Group.

O crescimento mais forte dos serviços não conseguiu compensar a queda na produção industrial. O PMI Composto do Caixin para a China caiu de 51,1 em abril para 49,6 em maio, marcando a primeira contração desde dezembro de 2022.

(Reportagem de Liangping Gao e Ryan Woo)

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