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'Estou com pena do ministro da Agricultura', diz ex-ministra de Bolsonaro

A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina - Carlos Silva/Ministério da Agricultura
A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina Imagem: Carlos Silva/Ministério da Agricultura
do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/06/2025 12h24

A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP) afirmou hoje que sente "pena" do atual titular da pasta, Carlos Fávaro.

O que aconteceu

Tereza comandou o ministério durante o governo Bolsonaro (2019-2022). A hoje senadora afirmou que o aperto fiscal vivenciado pelo governo Lula, combinado à alta dos juros, aumenta o desafio a ser enfrentado pela pasta.

Senadora participou de um evento do agronegócio em São Paulo, ocorrido no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado hoje. Em diversas falas, representantes do agro afirmaram que o setor tem um caráter sustentável —o que é questionado por parte de vários ambientalistas.

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) criticou o "recorde em cobrança de tributos". Ele afirmou que o agronegócio não a a atual taxa de juros e que o governo federal atua sem planejamento, com gasto "perdulário" e "populista". Caiado é um dos pré-candidatos da oposição à Presidência em 2026.

"Agro só nos dá alegria", disse Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em sua fala, o governador de São Paulo arrancou aplausos do público ao criticar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que é historicamente ligado à esquerda.

Aqui em São Paulo, não tem abril vermelho. Só tem abril verde e amarelo.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo

Abril vermelho é como é conhecido o período em que o MST intensifica suas ações no campo. Anualmente, em abril, o grupo organiza ações como ocupações de terras como forma de pressionar por reforma agrária.

Desfile de presidenciáveis

O evento na zona oeste de São Paulo reuniu três governadores cotados como pré-candidatos à Presidência em 2026. Além de Tarcísio e Caiado, Romeu Zema (Novo-MG) é apontado como nome no páreo da próxima disputa pelo Planalto.

Tarcísio tem ala do PL a favor de sua candidatura. Para o grupo, o governador poderia ser cabeça de uma chapa que teria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como vice. Porém, Tarcísio nega a intenção de disputar o Planalto e afirma que planeja tentar a reeleição em São Paulo.

Caiado lançou pré-candidatura pelo União Brasil em abril. O encontro em Salvador teve a presença de ACM Neto, Sergio Moro e outros ícones do partido. Porém, a formação de uma federação da legenda com o Progressistas após a realização do evento pode atrapalhar os planos do governador de Goiás de chegar à Presidência.

Zema é outro que se coloca como pré-candidato. Em entrevista à Folha, o governador de Minas afirmou que não deve concorrer caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recupere seus direitos políticos até a eleição —ele está inelegível até 20230. Mas Zema não descartou que seja um dos nomes na disputa se esse cenário não se concretizar.

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