Bolsonaro diz que prestou depoimento de 'cabeça erguida e espírito sereno'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje que foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes de "cabeça erguida e espírito sereno".
O que aconteceu
Bolsonaro publicou um texto nas redes sociais após o fim do interrogatório no STF. Ele afirmou que depôs "de cabeça erguida, com a consciência tranquila e o espírito sereno de quem sabe que é inocente".
"Respondi a cada pergunta com transparência e convicção", escreveu. "Quem tem a verdade como companheira não teme ser questionado —e jamais se curva diante da injustiça."
Ex-presidente disse que saiu "tranquilo" do tribunal. Também voltou a dizer que está confiante de que será candidato em 2026. Ele está inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O que vivi —e o que ainda vivo— não é apenas um capítulo da minha vida. É parte de uma luta maior: a luta de milhões de brasileiros por um país mais livre, mais justo e mais forte; sem censura nem perseguição. A História julgará cada um de nós. Que ela me encontre, como sempre estive, fiel à verdade, ao nosso Deus e ao povo brasileiro. Jair Bolsonaro (PL)
Como foi o depoimento de Bolsonaro
O ex-presidente negou qualquer tentativa de golpe de Estado. Ele justificou seus ataques ao sistema eleitoral como "retórica" e "desabafos" e pediu desculpas.
Bolsonaro disse que não enxugou a minuta golpista, ao contrário do que foi dito por Mauro Cid. "Não procede o enxugamento", afirmou. Ele itiu que viu o documento, mas minimizou o texto.
Bolsonaro pediu desculpas a Moraes por acusá-lo de receber dinheiro. "Não tem indício nenhum, ministro", afirmou hoje. Em julho de 2022, o ex-presidente disse que os ministros do STF Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Barroso recebiam milhões de dólares - o que desmentiu hoje. "Me desculpem, não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores três".
Ex-presidente itiu que cogitou decretar estado de sítio. A ideia teria surgido depois que o TSE rejeitou o pedido do PL para anular parte dos votos do segundo turno. "Sobrou para gente buscar uma alternativa na Constituição", disse Bolsonaro.