A falta de disposição de parlamentares na discussão de projetos para cortes de gastos é algo que chama a atenção, avaliou hoje o colunista Felipe Salto no UOL News, do Canal UOL.
Há uma certa hipocrisia por parte do Congresso, que chega a impressionar. Por um acaso, o Congresso está disposto a cortar despesas?
Tem PEC para tratar da reforma istrativa à disposição do presidente da Câmara. Tem projeto na Câmara para limitar os supersalários... A questão que se coloca é se há, de fato, essa disposição. Claro que não há. Até porque discutir gastos significa discutir as emendas parlamentares. As emendas ganharam uma proporção de R$ 52 bilhões. Felipe Salto, colunista do UOL
Haddad esteve na Câmara dos Deputados hoje para participar de uma audiência pública. A reunião foi promovida pelas comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle.
Na audiência, ele defendeu as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e lembrou outras medidas enviadas anteriormente pelo governo e ainda não apreciadas no Congresso, como os supersalários.
Partidos com quatro ministérios no governo, PP e União Brasil devem anunciar na tarde desta quarta-feira (11) o fechamento de questão contra aumento de impostos e a medida provisória que deve ser editada pelo governo Lula (PT) para elevar a arrecadação, conforme apurou o jornal Folha de S.Paulo.
Ao Canal UOL, Salto pontuou a relação conflituosa entre Executivo e Legislativo e lembrou da parcela de responsabilidade do Congresso nos gastos públicos.
Então, é verdade, sim, que o Executivo falha em discutir propostas para o corte de despesas, mas, ao mesmo tempo, eu não vejo essa disposição do lado do Congresso Nacional.
E mais do que isso: esses ajustes que estão sendo enviados, ou que serão enviados (de mexer na tabela do Imposto de Renda e o corte de gastos tributários, por exemplo), elas são importantes.
Mas esse tipo de relação entre o Legislativo e o Executivo, onde se faz uma reunião com todas as personalidades importantes da República, no domingo à noite, e no dia seguinte, já sai falando à imprensa exatamente o contrário [do que foi acertado], é uma coisa que nos preocupa muito. Felipe Salto, colunista do UOL
Ronilso: Bolsonaristas esquecem Débora em minutos
No UOL News, o colunista Ronilso Pacheco afirmou que a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro, foi esquecida por bolsonaristas em questão de minutos. Ela ficou conhecida por pichar com batom vermelho a estátua da Justiça em frente à sede do STF (Supremo Tribunal Federal).
A Débora foi esquecida em minutos. O campo bolsonarista está procurando outro mártir para poder apontar, para eles poderem se apegar e acusar a 'ditadura brasileira'. Assim como a Carla Zambelli já foi, já rodou, já não é mais uma pessoa interessante. Ronilso Pacheco, colunista do UOL
Em abril, o STF condenou a cabeleireira a 14 anos de prisão. Ela é acusada de ter praticado pelo menos cinco crimes, incluindo a tentativa de golpe de Estado (veja a lista abaixo). A defesa da mulher entrou com recurso, mas, hoje, a Primeira Turma do STF formou maioria (3 a 0) para rejeitar.
A cabeleireira foi flagrada pichando a frase "Perdeu, mané", com batom vermelho, no monumento localizado em frente à Corte durante a mobilização de bolsonaristas, em Brasília. A expressão é a mesma dita pelo ministro Barroso, em 2022, quando foi abordado por um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto caminhava em Nova York (EUA).
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