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Polícia de LA inicia prisões em massa após decreto de toque de recolher

Profissional da imprensa correndo de policiais durante operação de toque de recolher - 	Leah Millis/Reuters
Profissional da imprensa correndo de policiais durante operação de toque de recolher Imagem: Leah Millis/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

11/06/2025 08h59

A Polícia de Los Angeles anunciou que está fazendo prisões em massa no centro da cidade enquanto grupos desafiaram o primeiro dia de toque de recolher noturno, que foi imposto após protestos pró-imigração.

O que aconteceu

A polícia disse que várias pessoas continuam se reunindo entre as ruas Spring e Alameda a noite. ''Esses grupos estão sendo abordados e prisões em massa estão sendo iniciadas. O toque de recolher está em vigor'', afirmou em uma publicação hoje nas redes sociais.

O departamento policial da cidade enfatizou que o toque de recolher vai das 20h às 6h, do horário local. As autoridades orientaram ainda empresas e moradores a documentarem ''danos e vandalismo'' em propriedades, por meio de um boletim de ocorrência online. A prefeita Karen Bass disse que 23 comércios foram saqueados durante a noite de segunda-feira.

10.jun.2025 - Policiais fecham as pontes e o o a uma rodovia devido ao toque de recolher em Los Angeles - Apu GOMES / AFP - Apu GOMES / AFP
10.jun.2025 - Policiais fecham as pontes e o o a uma rodovia devido ao toque de recolher em Los Angeles
Imagem: Apu GOMES / AFP

Pelo menos 25 pessoas já foram presas após toque de recolher. A medida foi determinada apenas para o centro da cidade, uma área de 2,6 quilômetros quadrados. Segundo o decreto, que ou a valer ontem, ''qualquer pessoa que continuar envolvida em reuniões ilegais e atividades criminosas será detida e presa''. A prefeita afirmou que o objetivo é deter pessoas ''mal-intencionadas'', que estão se aproveitando da escalada caótica do presidente Donald Trump durante os protestos.

Polícia diz que já realizou cerca de 300 prisões desde o início dos protestos. Depois do toque de recolher, os agentes se deslocaram pelas regiões centrais, disparando balas de borracha para tentar dispensar a multidão. De acordo com o Los Angeles Times, 25 pessoas foram presas.

Entenda o caso

Polícia detém manifestante que bloqueava a entrada da garagem do Edifício Federal de Los Angeles após várias detenções pelo Serviço de Imigração e Alfândega - Daniel Cole/Reuters - Daniel Cole/Reuters
Polícia detém manifestante que bloqueava a entrada da garagem do Edifício Federal de Los Angeles após várias detenções pelo Serviço de Imigração e Alfândega
Imagem: Daniel Cole/Reuters

Na sexta-feira, manifestantes foram às ruas da Califórnia em reação às políticas de imigração de Trump. Após o governo do republicano determinar a meta de prender 3.000 estrangeiros por dia e expandir as operações dos agentes de imigração para além dos bairros mais perigosos do país, a população decidiu começar uma série de protestos. Eles já seguem para o quinto dia consecutivo.

Rodovias chegaram a ser bloqueadas pelos manifestantes e alguns carros foram queimados. As forças de segurança precisaram usar gás lacrimogêneo e projéteis de borracha para conter os protestos. Algumas pessoas foram presas e outras, incluindo policiais e jornalistas, ficaram feridas.

Polícia de Los Angeles apreendendo detém manifestante durante protesto pró-imigração - Barbara Davidson/Reuters - Barbara Davidson/Reuters
Polícia de Los Angeles apreendendo detém manifestante durante protesto pró-imigração
Imagem: Barbara Davidson/Reuters

A Casa Branca anunciou o envio de 2.000 soldados da Guarda Nacional para a Califórnia no sábado. Trump afirmou que as tropas iriam garantir "uma legalidade muito severa e ordem" e elas começaram a chegar na manhã de domingo, intensificando o confronto entre manifestantes e autoridades policiais.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou que Trump alimentou a desordem. Por isso, ele escreveu uma carta à Casa Branca solicitando a retirada das tropas de Los Angeles. "Não tínhamos problemas até Trump se envolver. Isso é uma violação grave da soberania do Estado", afirmou no X. Ele disse que os policiais locais não precisavam de ajuda e que, agora, precisava ''limpar a bagunça de Trump''.

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