Dólar amplia queda após tribunal dos EUA anular "tarifaço" de Trump
O dólar apresenta variação negativa ante o real em meio às expectativas com a anulação das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a diversos países. Às 16h05, a moeda norte-americana recuava 0,7% e era vendida por R$ 5,655.
O que aconteceu
Dólar comercial opera em queda. A oscilação momentânea ainda é insuficiente para reverter o avanço observado na véspera, mas afasta a moeda norte-americana da barreira de R$ 5,70, superada nos primeiros negócios da manhã.
Ontem, a divisa dos EUA saltou 0,89%. A maior variação positiva do dólar desde o dia 10 de abril foi ocasionada pelo aumento do temor com a política fiscal diante da elevada incerteza sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Anunciada pelo governo para contribuir com o ajuste das contas públicas, a medida corre risco de ser barrada pelo Congresso.
Suspensão do "tarifaço" guia o dólar. A oscilação da moeda norte-americana hoje é motivada pela decisão de anular as taxas aplicadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações de 185 países. A determinação tomada pelo Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos afirma que Trump não tem autoridade para impor as tarifas unilaterais.
Discussão sobre alta do IOF é ampliada. No cenário nacional, ainda pesa a articulação do governo pela elevação do imposto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que o Brasil corre risco se não aprovar a medida.
Expliquei os impactos de uma eventual rejeição da medida. Isso acarretaria um contingenciamento adicional, e ficaríamos em um patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Motta cobra definição sobre IOF em 10 dias. Em postagem do X, o presidente da Câmara revelou que o jantar com Haddad evidenciou a "insatisfação geral" dos parlamentares com a proposta de aumento do imposto. Ele defende uma definição alternativa que "evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação".
Bolsa
Ibovespa opera em estabilidade. Após recuar 0,47% e perder o patamar de 139 mil pontos na véspera, o principal índice do mercado acionário brasileiro oscila próximo da neutralidade.
Às 15h48, o índice subia 0,03%. A tímida variação positiva levava o Ibovespa aos 138.927,69 pontos. O volume financeiro da sessão totalizava R$ 9,5 bilhões.