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Bolsa fecha em alta e dólar sobe a R$ 5,57 com inflação abaixo do esperado

Alexandre Novais Garcia e Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/06/2025 09h58Atualizada em 10/06/2025 20h12

O dólar comercial fechou nesta terça-feira (10) com alta de 0,14%, a R$ 5,570. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,54%. A divulgação do índice de inflação de maio, que ficou abaixo das projeções do mercado financeiro, e as negociações tarifárias entre Estados Unidos e China motivaram as elevações.

O que aconteceu

Dólar comercial subiu pouco. A leve oscilação positiva interrompeu a trajetória de queda da moeda norte-americana ante o real observada nos últimos dias. Em junho, a divisa só havia subido no pregão do dia 4 (+0,17%). O dólar turismo subiu 0,17%, comprado a R$ 5,593 e vendido a R$ 5,786.

Ontem, a moeda dos EUA recuou 0,14%. A terceira variação negativa consecutiva levou o dólar ao menor patamar de fechamento desde 8 de outubro do ano ado. Somente em junho, a divisa já recuou 2,7%. Até o fechamento de hoje, a baixa superava os 10% no acumulado do ano.

Bolsa brasileira fechou em alta. A variação positiva de 0,54% interrompeu a sequência de quatro baixas consecutivas do Ibovespa, o principal índice brasileiro, que fechou o dia atingindo 136.436,07 pontos. Nas máximas do dia, o índice recuperou os 137 mil pontos.

IPCA

Inflação de maio ficou abaixo das expectativas. A variação de 0,26% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi 0,11 ponto percentual inferior às projeções do mercado financeiro. O resultado contou com a desaceleração expressiva dos alimentos e transportes, que inibiram os saltos das contas de luz.

Resultado aumenta a chance de fim do ciclo de alta nos juros. Diante do cenário, ganha força a avaliação de que a taxa Selic será mantida no maior patamar desde 2006 na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima semana. "O cenário é de manutenção da Selic em 14,75% ao ano, ficando neste patamar até o fim deste ano. Cortes de juros só em 2026", espera Julio Cesar de Mello Barros, economista do Banco Daycoval.

Em termos gerais, [o IPCA trouxe] um bom número, que pode influenciar na decisão do Copom da próxima semana.
Camilo Cavalcanti, gestor da Oby Capital

Guerra comercial

Encontro entre China e EUA seguem no radar. O segundo dia de conversas entre representantes das duas maiores economias do mundo alivia os temores de guerra comercial. O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que as negociações comerciais se estenderam por todo o dia de ontem e "estão indo bem".

Negociações ainda são repletas de incertezas. Theo Braga, CEO da SME The New Economy, explica que o resultado das conversas "mexem com o câmbio e podem afetar startups e empresas que dependem de importações ou exportações". Para André Matos, CEO da MA7 Negócios, o ambiente "pode impactar diretamente as condições de liquidez e o fluxo de capitais para o Brasil".

Diante do cenário, é essencial que empresas do segmento financeiro e em recuperação judicial revisem suas estratégias de financiamento e renegociação de dívidas para evitar insolvência e garantir a continuidade das suas operações.
André Matos, CEO da MA7 Negócios

IOF

Compensação do IOF será levada a Lula. A expectativa era de que o pacote acordado com líderes do Congresso fosse apresentado ao presidente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o que de fato aconteceu. As medidas trazem alternativas para substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras e auxiliar no cumprimento da meta de zerar o déficit fiscal neste ano.

Pacote eleva impostos e põe fim a isenções. Aparecem entre as medidas acordadas o aumento da tributação das casas de aposta e das fintechs. Além disso, ficou definida a cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), títulos de renda fixa que são isentos.

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