MC Poze do Rodo lança clipe com imagens de prisão: 'Parem de me perseguir'
MC Poze do Rodo, 26, lançou um clipe com imagens da própria prisão após deixar Bangu 3, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Eu tive minha luta, fui atrás, corri para construir meu castelo. Não é com dinheiro de nada de errado, não. É com a minha luta, com o meu show. Mais uma vez provamos para vocês que eu sou artista. Então, parem de me perseguir e parem de atacar meus fãs. MC Poze, nos primeiros segundos do vídeo
O que aconteceu
Clipe foi publicado no YouTube cerca de 30 horas após o artista deixar a prisão. "Desabafo 2", título do vídeo, acumulava mais de 1 milhão de visualizações na manhã de hoje.
Imagens mostram o momento em que o artista é algemado em casa, no dia 29 de maio, na capital fluminense.
Vídeo também acompanha a multidão aglomerada em frente à unidade prisional, na terça-feira (3), quando o cantor deixou a cadeia. Na ocasião, ele foi recebido por fãs, amigos e familiares.
Clipe é uma espécie de continuação de "Desabafo 1", lançado em 2023. Na faixa, o MC expressa indignação diante de críticas, "perseguições" e acusações - especialmente ao que diz respeito a uma suposta apologia ao crime.
Da prisão ao habeas corpus
Poze deixou a prisão na terça-feira (3) após conseguir um habeas corpus. De acordo com o desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá, a prisão de 30 dias seria excessiva para o prosseguimento das investigações.
O artista é investigado por suposta apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho. De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que o cantor realizava shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV. A "segurança" desses eventos era garantida pela presença ostensiva de traficantes com armamento de grosso calibre, como fuzis.
Defesa de MC Poze do Rodo argumentou no pedido de habeas corpus que a prisão era ilegal e desproporcional, configurando uma violação à liberdade de expressão. O pedido destacava que as manifestações artísticas do músico, que retratam a realidade vivida em comunidades historicamente marginalizadas, são protegidas e não configuram incitação direta a crimes.