Arthur Elias exalta nova geração e prevê dor de cabeça para 'fechar grupo'

O técnico Arthur Elias destacou a nova geração da seleção brasileira após a vitória contra o Japão, hoje, na Neo Química Arena, em São Paulo (SP). Dudinha, de 19 anos, comandou o triunfo em casa com dois gols.
As 11 [titulares] tinham uma média de 24 anos, e eu fico muito orgulhoso de dar essa oportunidade para quem merece. O importante é saber o momento de colocar cada uma. Não importa a idade, se tiver a compreensão do que temos que fazer, com a qualidade e dedicação que elas têm, complica ainda mais para fechar o grupo [para a Copa América].
Depois do segundo jogo [contra o Japão] vamos tomar a decisão [de quem irá para a Copa América]. Vai ter uma mescla, mas sem dúvida a média de idade vai ser baixa. São testes que são justos com o que vejo do futebol brasileiro. Não tenho nenhum receio de colocar.
Que ótimo. Só tenho a ficar feliz com a concorrência no ataque. Não é só no ataque, temos concorrência em outras posições. Que bom que elas tem melhorado. Tá aí uma grande finalizadora [Dudinha], jovem. A qualidade da finalização dela vez a diferença
O que mais Arthur Elias falou
Domínio da seleção brasileira: Hoje eu vi um domínio da nossa seleção. O que foi feito pelas atletas hoje é muito difícil de ser feito. As decisões foram acertadas. A seleção japonesa é uma das melhores do mundo, e a gente segue nesse crescente, de ter mais consistentes..
Vitória maiúscula: "Hoje foi um dos melhores jogos, mas é isso que eu espero, uma evolução da seleção brasileira".
Copa América: "A gente está na reta final desse processo. A mescla vai existir, mas não vou pensar agora nos nomes, pensando sempre no que é melhor para a seleção. O que me deixa feliz é que todas estão resolvendo. Vou pensar agora em como ganhar o próximo jogo".
Melhora no futebol feminino brasileiro: "O presidente esteve no hotel com a gente, no jogo, e foi pé quente. O que a gente mais tem de importante para a Copa do Mundo, e até lá, com a abertura que o presidente nos deu, é uma melhoria e um aspecto importante nessa revolução. A gente só vai conseguir essa revolução com um trabalho conjunto, e que bom que o presidente da CBF pensa assim".
Vitórias em sequência. As duas vitórias foram maiúsculas [EUA e Japão]. A gente não tem que ficar preso ao resultado, mas entender o contexto. Jogar nos EUA é muito difícil, é uma seleção talentosa e bem preparada, com uma grande treinadora. A gente vinha de derrota, então conseguir aquela vitória também foi extremamente difícil — como foi hoje."
Fator torcida. "Temos que usar a torcida ao nosso favor, e quero agradecer aos torcedores pelo apoio não só a Dudinha, mas para todas. A gente quer isso: estádios cheio, que vocês divulguem cada vez mais, que essa jogadoras sejam ainda mais reconhecidas... a gente sabe onde queremos chegar, e o o a o está sendo dado. [...] Queremos jogar no Brasil contra grandes adversários e fazer grandes jogos para chegar na Copa com uma atmosfera ainda mais elevada. Isso já tem impulsionado a equipe, e quero que os torcedores conheçam as jogadoras. Temos muito talento. Não serão só 11 para conhecer, mas todo o grupo. A gente tem tudo para fazer uma grande Copa e precisamos do nosso torcedor empurrando."