Ministra da Defensa de Honduras renuncia para ser candidata à presidência
A ministra da Defesa de Honduras, Rixi Moncada, renunciou ao cargo, nesta terça-feira (27), para ser candidata presidencial da esquerda governante nas eleições de 30 de novembro.
A advogada de 60 anos foi a primeira mulher a chefiar o Ministério da Defesa do país, cargo que assumiu em 1º de setembro de 2024 em meio a um escândalo que atingiu o governo da presidente Xiomara Castro.
Algumas horas depois, a presidente anunciou na rede social X que assumirá "temporariamente" o cargo de ministra da Defesa em sua "condição de Comandante Geral das Forças Armadas", algo inédito em Honduras.
"Não há antecedentes de que o presidente assuma como ministro da Defesa, o correto teria sido que o vice-ministro (Orlando Garner) assumisse como ministro por lei", disse o advogado Roberto Hernández à AFP.
A presidente também anunciou outras duas mudanças no seu gabinete, incluindo a saída do chanceler Enrique Reina, que será candidato a vice de Moncada nas eleições e será substituído como ministro por Javier Bu Soto, até agora embaixador em Washington.
Na carta de renúncia, Moncada escreveu que sua decisão "se ampara" nos resultados das primárias do partido oficialista Livre de 9 de março, quando foi eleita a candidata presidencial para o período de 2026 a 2030.
Seus principais rivais são os direitistas Salvador Nasralla, apresentador de TV de 72 anos do partido Liberal, e Nasry Asfura, ex-prefeito da capital de 66 anos do Partido Nacional.
"Reitero minhas convicções ligadas ao projeto socialista democrático para a refundação de Honduras", indicou Moncada em sua carta, que leu diante da imprensa.
Conforme estabelece a Constituição, Moncada precisava deixar o cargo pelo menos seis meses antes das eleições.
O vencedor da eleição deverá assumir a presidência em 27 de janeiro de 2026.
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