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Ex-marido invade posto de saúde, tranca sala e mata enfermeira em SP

O homem invadiu o posto de saúde e matou a ex-companheira, que trabalhava como enfermeira no local - Reprodução
O homem invadiu o posto de saúde e matou a ex-companheira, que trabalhava como enfermeira no local Imagem: Reprodução
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/05/2025 20h25

Um homem foi preso após invadir um posto de saúde e matar a ex-mulher, que trabalhava no local, na tarde de ontem, em Avaré, no interior de São Paulo.

O que aconteceu

O fisioterapeuta Tani Roberto Neres Meira, 40, invadiu a unidade de saúde por uma porta lateral e se trancou em uma sala com a ex-esposa. A vítima, identificada como Marcia de Fatima Meira, 40, era enfermeira do posto e estava em horário de trabalho.

Suspeito matou a ex-companheira esfaqueada. Imagens do circuito interno do posto mostram o momento em que ele entra na sala em que estava Marcia. No entanto, não é possível ver o momento exato em que ele ataca a vítima.

Marcia chegou a ser socorrida com vida, foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de hoje. A enfermeira foi esfaqueada no tórax, nos braços e na barriga.

Tani foi preso em flagrante dentro do posto de saúde e encaminhado à delegacia da cidade. Ele vai responder pelo crime de feminicídio. Os policiais também apreenderam a faca usada no crime e o celular dele. O UOL não conseguiu localizar a defesa do fisioterapeuta para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

Marcia e Tani foram casados por 20 anos. Segundo informações da Polícia Militar, o casal se separou recentemente e testemunhas relataram que ele já havia ido outras vezes ao local de trabalho da vítima para tentar contato com ela. Não foi informado se ela já o havia denunciado anteriormente por violência. Márcia deixou uma filha.

Prefeitura de Avaré decretou luto de três dias pelo "crime brutal que abalou toda a população". "Márcia era luz, cuidado e empatia. Uma profissional comprometida e uma mulher que jamais será esquecida. Este luto é de todos nós. Estamos arrasados. A Prefeitura se une à família e à população, que hoje choram a perda de uma mulher que dedicou a vida a cuidar dos outros. Que sua partida tão cruel nos una ainda mais na luta contra toda forma de violência", afirmou o Executivo municipal.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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