Governo alemão restringe reunião familiar de imigrantes e caminho para cidadania
BERLIM (Reuters) - O governo da Alemanha aprovou medidas para restringir a reunião familiar de migrantes e atrasar o o à cidadania nesta quarta-feira, avançando com uma grande mudança na política de imigração sob o comando do chanceler conservador Friedrich Merz.
O gabinete concordou com uma suspensão de dois anos do direito dos imigrantes que não se qualificam para o status de refugiado pleno, os chamados detentores de "proteção subsidiária", de trazer seus filhos e cônjuges para a Alemanha.
Cerca de 380.000 pessoas, principalmente sírios, possuem esse status.
Anteriormente, a proteção subsidiária permitia que 12.000 membros da família se juntassem a seus parentes na Alemanha anualmente.
De acordo com o projeto de lei, essa suspensão temporária visa "aliviar a pressão sobre os sistemas de recepção e integração da Alemanha" e fornece um "meio adequado para aliviar rapidamente a carga sobre os municípios".
O governo também eliminou a opção de naturalização "acelerada" após três anos de residência, estendendo o período mínimo de espera para a cidadania para cinco anos.
Essa decisão anula uma regulamentação introduzida há seis meses pela coalizão de três partidos liderada pelo ex-chanceler social-democrata Olaf Scholz.
No ano ado, a Alemanha registrou cerca de 200.000 naturalizações, o maior número em 25 anos. Os critérios para os solicitantes geralmente incluem independência financeira, emprego estável e sólidos conhecimentos do idioma.
As propostas legislativas serão encaminhadas rapidamente ao Parlamento por meio da coalizão governamental de conservadores e social-democratas, evitando a necessidade de encaminhamento à câmara alta do Parlamento, o Bundesrat.
(Reportagem de Markus Wacket)