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Prefeitura de Barcelona rompe acordo de amizade com Tel Aviv

30/05/2025 12h24

A Prefeitura de Barcelona aprovou, nesta sexta-feira (30), o rompimento das relações institucionais com o governo de Israel, assim como seu acordo de amizade com a cidade de Tel Aviv, "até que o respeito ao Direito Internacional" e aos "direitos básicos do povo palestino sejam restabelecidos". 

Aprovada com o apoio do governista Partido Socialista e de formações de esquerda radical e separatista, a proposta contém vinte pontos, entre os quais se destaca o rompimento das relações institucionais com o "atual governo de Israel". 

Barcelona também anula o "Acordo de Amizade e Colaboração que regula a relação com a cidade de Tel Aviv - Jafa, datada de 24 de setembro de 1998, até que seja restabelecido o respeito ao Direito Internacional e ao Direito Internacional Humanitário, e se garanta o respeito aos direitos básicos do povo palestino", de acordo com a proposta aprovada em plenário. 

"O grau de sofrimento e morte que Gaza tem vivido há um ano e meio e os ataques reiterados do governo de Israel nas últimas semanas (...) tornam qualquer relação inviável", destacou, nesta sexta, o prefeito de Barcelona, o socialista Jaume Collboni. 

Entre as iniciativas do texto, algumas delas fora das competências municipais, está o pedido feito ao conselho istrativo da Feira de Barcelona para não receber pavilhões do governo israelense em seus eventos, "nem de empresas armamentistas ou de qualquer outro setor que lucrem com o genocídio, a ocupação, o apartheid e a colonização do povo palestino". 

Uma recomendação similar é analisada para o porto de Barcelona, para que não receba embarcações envolvidas no transporte de armas para Israel. Igualmente, o texto pede que se impeça a qualquer operador econômico que participe de contratos municipais realizar operações com empresas contrárias ao direito internacional humanitário.

Esta não é a primeira vez que Barcelona põe em pausa suas relações com o governo de Benjamin Netanyahu. 

Em fevereiro de 2023, a então prefeita, a ex-ativista social Ada Colau, decidiu "suspender temporariamente" as relações com Israel, assim como os acordos de irmandade com a Prefeitura de Tel Aviv.

A decisão, que gerou críticas em diferentes setores, foi revertida meses depois, quando o socialista Collboni venceu as eleições municipais.

O governo espanhol, presidido pelo socialista Pedro Sánchez, reconheceu o Estado da Palestina em 28 de maio de 2024 juntamente com a Irlanda e a Noruega, e nos últimos meses se tornou uma das vozes mais críticas da UE com Netanyahu.

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© Agence -Presse

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