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SP: Justiça dá 72h para que Nunes explique critérios para afastar diretores

Ricardo Nunes (MDB) completa 100 dias à frente da Prefeitura de São Paulo em seu segundo mandato - Rodilei Morais/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Ricardo Nunes (MDB) completa 100 dias à frente da Prefeitura de São Paulo em seu segundo mandato Imagem: Rodilei Morais/Fotoarena/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/05/2025 20h43Atualizada em 30/05/2025 21h18

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, que esclareça que critérios foram usados no recente afastamento de 25 diretores de escolas municipais.

O que aconteceu

Decisão é fruto de ação movida pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo. Justiça se manifestou ontem. A princípio, a SME (Secretaria Municipal de Educação) informou que os diretores estavam vinculados às escolas com as piores notas do IDEB 2023 para os anos finais — mas os dados indicam o contrário.

Apenas três dos 25 diretores afastados trabalhavam em escolas com desempenho ruim. Em oito casos, os profissionais afastados atuavam em unidades da rede que sequer aparecem entre as piores notas.

A ausência de um critério nítido para escolha dos diretores nos leva a crer que a prefeitura está agindo de má-fé, para interferir na gestão das escolas visando a privatização, anunciada no início do mandato
Silvia Ferraro, covereadora da Bancada Feminista do PSOL

Afastamentos motivaram protestos. Anunciados a partir do último dia 22, os movimentos foram objeto de recuo por parte da SME ontem, após a repercussão negativa na comunidade escolar.

Prefeitura afirmou que diretores ariam por programa de requalificação. Atividades aconteceriam entre os meses de maio e dezembro e teriam como objetivo "o aprimoramento da gestão pedagógica para melhorar a aprendizagem de todos os estudantes".

Procurada, a prefeitura informou que o afastamento dos diretores para programa de requalificação "está mantido".

Em reunião realizada na última quinta-feira (29) com os sindicatos que representam os servidores, a pasta manteve aberto o diálogo para aprimoramento e organização do cronograma, que vai de junho a dezembro. Reunião com os diretores convocados e representantes dos sindicatos está agendada para segunda-feira, dia 02/06. A Procuradoria Geral do Município foi notificada nesta sexta-feira (30) e se manifestará no prazo determinado.Prefeitura de São Paulo, em nota enviada ao UOL

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