Soco de homem rico na cara de mulher trabalhadora é absurdo social

Um soco na cara já demoliu boxeadores que pareciam feitos de pedra. Um soco na cara é inesperado. Um soco na cara é humilhante.
Um soco de um homem na cara de uma mulher é uma covardia. É inaceitável.
Um soco de um homem abastado na cara de uma mulher trabalhadora das classes mais pobres é um absurdo social. E humano.
Um soco na cara foi dado por um sócio do Clube Athletico Paulistano, nos Jardins (zona Oeste), em uma babá que trabalhava nas dependências, de acordo com boletim de ocorrência registrado e noticiado pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Nenhuma notícia da última semana impactou mais a UOL SP (e olhe que a concorrência foi forte), que não conseguiu tirar esse fato da cabeça pela violência que pode surgir de uma coisa tão pequena e corriqueira como um desentendimento entre crianças - a que a babá cuidava e o filho do associado.
O acusado de agressão também registrou sua versão em boletim de ocorrência. Disse que antes levou chutes e socos da referida babá enquanto se afastava do local onde discutiram inicialmente. Fica registrado.
Além do registro policial, o Paulistano abriu investigação interna para tomar providências.
É incrível pensar como coisas minúsculas vêm levando as pessoas a bater boca e chegar a atos de brutalidade em questão de segundos. A escalada da discórdia para a violência já causou mortes na cidade. Parece que muitos paulistanos perderam o bom senso.
A agressão (sem nomes divulgados) ou um dia nos índices noticiosos e logo foi esquecida. Pode parecer besteirinha agora. Mas a babá nunca vai esquecer o soco na cara,
Leia aqui a notícia na coluna de Mônica Bergamo na Folha.
Direitos da mulher
Raquel Castanharo, fisioterapeuta que relatou constrangimento num laboratório de saúde.
Funcionários negaram que o marido a acompanhasse num exame de mama. Por lei, toda mulher tem direito de ser acompanhada por pessoa maior de idade em em consultas, exames e procedimentos
Vai carne crua aí?
Variações de pratos com carne ou peixe crus estão conquistando os cardápios de restaurantes paulistanos, muito além de carpaccios, sashimis ou tiraditos peruanos.
Uma lista de Gabrielli Menezes no Nossa UOL trouxe quatro opções de pratos com carne crua (que levam o nome de "crudos") bem sucedidos em restaurantes da capital.
A autora da lista destaca:
Os crudos de peixe à moda de Taiwan do Aiô, na Vila Mariana;
O yukhoe de miolo de alcatra do Kumah, na Barra Funda;
O crudo de camarão do Los Dos Cantina, na Vila Buarque;
O coxão mole em cubinhos do MAG, no Bom Retiro.
Leia aqui a matéria completa no UOL.
Prédios de tédio
São Paulo está virando uma cidade enfadonha por causa de tantos novos prédios semelhantes que são erguidos?
É a questão levantada por Mauro Callari em sua coluna na Folha, ao comentar a publicação do livro "Humanizar", do designer inglês Thomas Heatherwick.
O colunista observa que prédios espelhados, lisos, sérios e monótonos fazem mal para as cidades e para as pessoas. E que quem sofre com prédios feios não são os clientes que pagaram pelo projeto e sim todos as milhares de pessoas que vão ar em frente à obra todos os dias.
"Apesar do livro não tratar de casos brasileiros, ele inspira a pensar em nossas cidades. Andando por São Paulo, é possível ver bons lançamentos em todo o espectro dos orçamentos. (...) Grande parte dos novos edifícios que vemos surgindo diariamente à nossa frente possivelmente vão pontuar mal na escala do 'tediômetro', proposta pelo autor", escreve Callari.
Leia aqui a coluna na Folha.
Morumbi por R$ 10 milhões
Historicamente tido como um bairro de gente muito rica, o Morumbi (zona sul) voltou a atrair com força essa camada social após um período de certa retração e desvalorização.
Mas onde antes os endinheirados preferiam mansões, agora são os novos apartamentos luxuosos que exercem seu encanto, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.
O Morumbi é o campeão de lançamentos de imóveis de valor superior a R$ 10 milhões nos 12 meses de abril de 2024 a março de 2025. Com 197 unidades a partir desse valor lançadas, tem quase o triplo de Pinheiros e mais de 16 vezes o número do Jardim Paulista.
Entre os atrativos destes novos empreendimentos, estão arranha-céus, clube de surfe e vistas desimpedidas.
Parque em transformação
Nos últimos meses, acusações de mudanças bruscas no Parque da Água Branca (zona oeste) ganharam repercussões populares e em esferas do poder legislativo.
Reportagem de Lorena Barros no UOL fez uma relação das principais discussões que vêm acontecendo, que afetam diretamente frequentadores e transformam o parque, que era público e agora está sob concessão à empresa Reserva Parques.
Os principais pontos são:
Construção de churrascaria itinerante onde antes funcionava um estábulo, que era tombado pelo patrimônio histórico;
Supostas intervenções indevidas no parque para o evento Casacor;
Aprisionamento de aves que antes andavam soltas pelo parque;
Vizinhos relatam incômodo e adoecimento com obras.
Como viviam os imigrantes?
A exposição "Design e Cotidiano na coleção Azevedo Moura" está aberta desde 27 de maio no salão de exibições temporárias do Museu do Ipiranga. Este evento foi destacado pela coluna "Andanças na Metrópole", da Folha.
Com 930 objetos de pessoas que vieram para o Brasil há cerca de 150 anos, a exposição permite imaginar como elas viviam e expõem grande qualidade artesanal.
Também possibilitam uma reflexão sobre a perenidade dos produtos de uso corriqueiro e fazem uma espécie de crítica ao consumismo e à obsolescência programada.
Os utensílios expostos pertencem ao acervo do casal de arquitetos gaúchos Tina e Calito de Azevedo Moura, que os garimparam em viagens pelos estados do sul do país desde os anos 1970.
São objetos belos na sua simplicidade e funcionalidade, que aram por várias gerações de famílias.
"Não se trata de bens de consumo das elites, mas de objetos do povo, achados também em outros lugares do Brasil. Ao entrar em contato com a coleção, o público vai reconhecer elementos que talvez façam parte de suas próprias histórias e que podem ter sido vistos nas casas de seus avós e parentes", escreveu Vicente Vilardaga, autor da coluna.
Mais horários para Monet
O Masp ampliou o horário de visitação no museu em função da exposição "A Ecologia de Monet", aberta desde 16 de maio.
A exposição tem 32 pinturas do célebre artista impressionista francês Claude Monet, a maioria inédita no hemisfério sul.
O conceito da mostra aborda a relação dele com o meio ambiente e o avanço da modernidade, com temas como a transformação das paisagens naturais e o impacto da industrialização.
Segundo comunicado do Masp para informar as alterações em horários de visitação, a exposição atraiu 37.470 visitantes em seus primeiros dez dias, superando o recorde no mesmo período que era de uma mostra de Tarsila do Amaral.
O horário foi flexibilizado nas terças, sextas e sábados, como visitação aberta das 10h às 22h (limite de entrada às 21h). A exposição permanecerá no Masp até 28 de agosto.