Jamil: Após ofensiva, diplomatas acreditam que Irã foi vítima de emboscada
Horas após o bombardeio de Israel contra o Irã, diplomatas acreditam que o país islâmico pode ter sido enganado com falsa promessa e, com isso, vítima de uma emboscada, apurou o colunista Jamil Chade no UOL News, do Canal UOL.
O que existe neste momento é uma impressão muito clara entre os diplomatas que o Irã foi alvo de uma emboscada de proporções históricas. Jamil Chade, colunista do UOL
Na madrugada de hoje, Israel fez uma série de ataques conta o Teerã, capital do Irã. A ação foi classificada por israelenses como "ataque preventivo" contra a "ameaça iminente". O bombardeio matou dois líderes militares do Irã. O país respondeu com o envio de mais de cem drones.
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reunirá na tarde de hoje, em caráter de emergência, após receber uma carta oficial do governo iraniano denunciando o ato e alertando que irá retaliar.
Ao Canal UOL, Jamil relembrou as negociações de paz que vinham sendo acertadas entre EUA e Irã para o próximo domingo.
O que aconteceu? Por semanas o governo de Donald Trump negociou com o Irã. É verdade que ele tinha colocado esse prazo, mas os prazos de Donald Trump mudam conforme, obviamente, o percurso dessa negociação acontece. Isso acontece no comércio, isso acontece na questão migratória, isso acontece em absolutamente todas as esferas de atuação de Donald Trump.
Portanto, não era um prazo fixo, no sentido de que depois disso não haveria negociação, e o que aconteceu é que nessa semana inclusive foi proposta, e foi, na verdade, organizada uma reunião para o próximo domingo entre as diplomacias americanas.
Isso seria no próximo domingo. E nós tivemos ontem essa, entre aspas, já hoje, na sexta-feira, no horário iraniano, esse ataque. Uma emboscada para muitos diplomatas, mostrando que talvez o Irã tenha sido enganado com a promessa de uma negociação.
Uma emboscada que talvez seja até histórica em termos diplomáticos, mostrando, claro, que a intenção negociadora dos americanos talvez não tenha sido feita de tão boa-fé. É aquele princípio que nós já vimos em outros lugares do mundo com o governo de Donald Trump. É a paz, mas a paz pela força, é a paz imposta, é a paz de uma proposta específica, se não for dessa forma, é pela via militar. Jamil Chade, colunista do UOL
Brasil reage a ataque
O governo brasileiro chamou a ofensiva de "uma clara violação à soberania desse país e ao direito internacional". "Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial", diz a nota.
O Estado brasileiro diz ainda acompanhar a ofensiva "com forte preocupação". Os ataques foram feitos de madrugada, em ação que Israel chamou de "ataque preventivo" contra a "ameaça iminente", e matou dois líderes militares do Irã. O país respondeu com o envio de mais de cem drones.
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