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EUA oferecem R$ 10 milhões por informações sobre narcotraficante uruguaio

Marset - Reprodução / Governo dos EUA
Marset Imagem: Reprodução / Governo dos EUA
do UOL

Do UOL, em São Paulo

22/05/2025 15h22

O governo dos Estados Unidos está oferecendo US$ 2 milhões (Cerca de R$ 10 milhões na cotação atual) como recompensa a quem tiver informações sobre o uruguaio Sebastian Enrique Marset Cabrera, um fugitivo apontado como líder de uma organização transnacional de tráfico de drogas.

O que aconteceu

Sebastian, 34, já era procurado em seu país, no Brasil, no Paraguai e na Bolívia. Ele também ou a ser buscado pelas autoridades dos EUA após ser indiciado no dia 7 de março deste ano por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, usando instituições financeiras americanas.

Os EUA pede por qualquer informação que leve à prisão do homem. As pessoas que tiverem conhecimento sobre o esquema do grupo, da lavagem de dinheiro e de atos de violência de Marset devem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

A oferta de recompensa foi publicada ontem. Ela acontece depois de uma megaoperação, ''A Ultranza'', da polícia uruguaia contra o grupo do criminoso. A investigação, realizada em 2022, vinculou a rede de tráfico a mais de 16 toneladas de cocaína apreendidas na Europa e outras apreensões de 11 toneladas e 4,7 toneladas na Bélgica e no Paraguai, respectivamente.

Traficante está foragido desde 2021

Com dez anos de antecedentes ligados ao narcotráfico, ele está foragido desde o final de 2021. Na ocasião, ele deixou os Emirados Árabes com um aporte uruguaio, onde estava detido por portar documentação paraguaia falsa. Ele também é considerado um dos autores intelectuais do assassinato do promotor antimáfia paraguaio Marcelo Pecci, em maio de 2022, na Colômbia.

Em 2023, a Bolívia ofereceu US$ 100 mil (Aproximadamente R$ 500 mil) por pistas dele. Além disso, lançou uma grande operação na fronteira com o Brasil e com o Paraguai para prendê-lo, mas sem sucesso. O traficante entrou no país boliviano ainda em 2022 com sua esposa peruana, Gianina García Troche, e seus três filhos, e foi até dono de um clube de futebol da Segunda Divisão regional no local.

A esposa dele chegou ontem ao Paraguai extraditada da Espanha. Na Europa, ela foi presa sob a acusação de suposta lavagem de dinheiro no Paraguai. A mulher, de 32 anos, foi acusada em 2022 - depois da operação ''A Ultranza'' - de fazer parte da estrutura criminosa liderada por seu marido fugitivo.

O que diz a defesa

Defesa fala que o cliente é ''inocente e nunca praticou nenhum crime''. Ao UOL, o advogado brasileiro Eduardo Mauricio e o advogado uruguaio Santiago Moratório argumentam que as provas digitais geradas durante a operação A Ultranza teriam sido manipuladas pela polícia sa. ''Marset desconhece essas mensagens e nunca fez uso do referido telefone criptografado, sendo um empresário internacional de conduta ilibada.''

Os dois alegam ainda que o Paraguai ''inflou'' a inclusão de Sebastian na Interpol. Segundo eles, isso foi feito atribuindo a ele crimes que não lhe foram imputados formalmente, ''com o fim de forçar uma prisão e até mesmo uma extradição em caso de detenção''.

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