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Netanyahu condena ataque a israelenses nos EUA e cobra ações de segurança

Sarah Lynn Milgrim e Yaron Lischinsky, funcionários de embaixada de Israel em Washington, foram mortos do lado de fora de museu judaico - @Israel/x
Sarah Lynn Milgrim e Yaron Lischinsky, funcionários de embaixada de Israel em Washington, foram mortos do lado de fora de museu judaico Imagem: @Israel/x
do UOL

Do UOL*, em São Paulo

22/05/2025 07h56

Após um atirador matar dois funcionários da embaixada de Israel nos EUA, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez uma dura cobrança para reforçar as medidas de segurança nas entidades representativas de Israel.

O que aconteceu

Netanyahu expressou seu horror com o incidente. Ele está "chocado" com o ato "cruel e antissemita", anunciou o gabinete de Netanyahu. "Estamos experimentando o terrível preço do antissemitismo e do incitamento selvagem contra Israel", disse o chefe de governo. Ele pediu às representações israelenses em todo o mundo que reforçassem suas medidas de segurança.

O enviado de Israel às Nações Unidas, Danny Danon, disse que o crime foi "um ato depravado de terrorismo antissemita". "Prejudicar a comunidade judaica é cruzar a linha vermelha", escreveu ele no X. "Estamos confiantes de que as autoridades dos EUA tomarão medidas enérgicas contra os responsáveis por esse ato criminoso. Israel continuará a agir de forma resoluta para proteger seus cidadãos e representantes - em qualquer lugar do mundo."

O presidente israelense, Isaac Herzog, disse que estar "arrasado" com o ocorrido em Washington. "Esse é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo, que tirou a vida de dois jovens funcionários da embaixada israelense", disse ele em um comunicado.

Trump e Rubio condenam ataque

O presidente dos EUA, Donald Trump, também condenou os assassinatos. "Esses horríveis assassinatos em D.C., baseados obviamente no antissemitismo, devem acabar, AGORA!", ele publicou em sua plataforma Truth Social. "O ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA".

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que as autoridades "rastreariam os responsáveis" pelo assassinato. "Esse foi um ato descarado de violência covarde e antissemita. Não se enganem: rastrearemos os responsáveis e os levaremos à Justiça", postou ele no X.

A Alemanha, a França e o Reino Unido também condenaram o ataque. O chanceler federal alemão, Friedrich Merz, condenou veementemente o crime considerando que se tratou de um ato hediondo."Estou chocado com a notícia do assassinato de dois funcionários da embaixada israelense em Washington. Os nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas. Neste momento, temos de assumir que se trata de um ato antissemita", afirmou Merz. O ministro do Exterior britânico, David Lammy, disse estar horrorizado com o ataque. Já seu homólogo francês, Jean-Noel Barrot, destacou que nada pode justificar tal violência.

Ataque aconteceu em Museu Judaico

O Ministério das Relações Exteriores de Israel identificou as vítimas como Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim. Os dois estavam saindo do Museu Judaico quando foram baleados. A procuradora-geral Pam Bondi e a procuradora dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, foram ao local após o tiroteio.

O crime ocorreu perto do escritório da agência de campo do FBI em Washington DC. O diretor do FBI, Kash Patel, disse que ele e sua equipe foram informados sobre o tiroteio. A causa do ataque ainda não foi revelada.

Suspeito foi identificado como Elias Rodríguez, 30, teria gritado "Palestina Livre" após ser preso. Segundo a polícia de Washington DC, o suspeito que foi visto caminhando de um lado para o outro perto do museu pouco antes do ataque.

Principal linha de investigação diz se tratar de um ataque antissemita

Vítimas eram um jovem casal prestes a ficar noivo. "O jovem havia comprado um anel esta semana para pedir sua namorada em casamento na próxima semana em Jerusalém", disse o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter.

As mortes foram confirmadas pela secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem. "Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações para compartilhar. Por favor, orem pelas famílias das vítimas", escreveu Kristi no X antes do pronunciamento da polícia.

*Com DW

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