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Venezuelanos vão às urnas em eleições legislativas marcadas por boicote da oposição e crise com Guiana

Integrantes da Força Armads Bolivariana fazem fila em Caracas para para votar nas eleições venezuelanas - Leonardo Fernandez Viloria - 25.mai.25/Reuters
Integrantes da Força Armads Bolivariana fazem fila em Caracas para para votar nas eleições venezuelanas Imagem: Leonardo Fernandez Viloria - 25.mai.25/Reuters

25/05/2025 11h49Atualizada em 25/05/2025 12h24

Os venezuelanos comparecem às urnas neste domingo (25) para a eleição de governadores e parlamentares que deve ter uma vitória tranquila do chavismo. A oposição pede boicote ao pleito, que ocorre dez meses após a questionada reeleição de Nicolás Maduro. 

Os venezuelanos comparecem às urnas neste hoje para a eleição de governadores e parlamentares que deve ter uma vitória tranquila do chavismo. A oposição pede boicote ao pleito, que ocorre dez meses após a questionada reeleição de Nicolás Maduro.

Pouco mais de 21 milhões de eleitores estão registrados para escolher os 285 deputados da Assembleia Nacional e 24 governadores estaduais, incluindo a representação de um estado recém-criado para o território Esequibo, em disputa com a Guiana.

O instituto de pesquisa Delphos projeta uma taxa de participação de apenas 16%, a maioria militantes do chavismo.

A votação começou às 6h (7h de Brasília) e na primeira hora, a maioria dos centros de votação no centro de Caracas estava vazia, uma imagem muito diferente da registrada durante as concorridas eleições presidenciais de 28 de julho do ano ado.

As urnas ficarão abertas até às 18h (19h de Brasília) ou enquanto houver eleitores na fila. Mais de 400 mil funcionários das forças de segurança foram mobilizados para esta eleição.

Prisões de opositores

As eleições legislativas na Venezuela acontecem após uma onda de mais de 70 detenções, que incluiu a de Juan Pablo Guanipa, um aliado próximo da líder da oposição María Corina Machado.

Os detidos foram acusados de pertencer a uma "rede de terrorismo" para sabotar as eleições deste domingo, alegação que Machado chamou de "farsa". Ela pediu que os venezuelanos não participem do pleito. O apelo para deixar "todos os centros vazios" faz parte de sua reivindicação contra o resultado das eleições presidenciais, que ela afirma terem sido fraudadas por Maduro.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de favorecer o presidente, proclamou Maduro como vencedor sem publicar a apuração detalhada dos votos, como exige a lei. O CNE alegou um ataque de hackers ao sistema, que agora afirma estar protegido.

(Com RFI e AFP)

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