Cármen critica falta de mulheres no TSE e defende indicações só femininas

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, criticou nesta tarde a falta de representatividade feminina na Corte Eleitoral e justificou a importância de ter sido encaminhada uma lista tríplice formada só por juristas mulheres para ocupar uma das vagas a ser aberta no tribunal.
O que aconteceu
A ministra falou sobre a necessidade de maior diversidade na abertura da sessão do STF, nesta tarde. O Supremo precisa chancelar as listas tríplices para duas vagas do TSE que devem ser ocupadas por representantes da advocacia a partir deste junho. Cármen Lúcia encaminhou uma das listas somente com candidatas e aproveitou a sessão para marcar posição.
Presidente, se não tivéssemos a oportunidade de ter uma lista de homens e uma lista de mulheres para o próximo ano, 2026, quando haverá o pleito eleitoral geral, nós teríamos no Tribunal Superior Eleitoral os sete cargos de juízes providos por homens.
Cármen Lúcia, ministra do STF e presidente do TSE
Manifestação ocorre após Lula escolher um homem para ocupar uma vaga no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Na lista para compor a vaga do tribunal destinada a integrantes da magistratura, havia duas mulheres e o desembargador Carlos Brandão, próximo do ministro do STF Kassio Nunes Marques. Ele foi o escolhido.
TSE tem duas vagas a serem preenchidas. O presidente escolhe a partir das listas tríplices encaminhadas pelo Supremo. Essas listas são definidas antes pelo TSE e chanceladas pelo STF. Estas duas vagas no TSE são destinadas a representantes da advocacia.
Os mandatos dos atuais ministros se encerram nesta sexta-feira. O STF aprovou as listas, que agora seguem para o presidente.
Cármen Lúcia deixa o posto de presidente do TSE no ano que vem. Ao propor uma lista tríplice formada só por mulheres, na prática, ela garante que a Corte Eleitoral terá ao menos uma mulher em sua composição.
Corte Eleitoral é composta por sete ministros. Três são oriundos do STF, dois do STJ e dois da advocacia
Realmente, uma Justiça Eleitoral e um Judiciário que dão coro à determinação constitucional da busca da igualação entre mulheres e homens nas oportunidades em que houver pessoas competentes, habilitadas, como há, para que possam integrar os cargos públicos, não teria menor condição. Só para ter uma ideia, presidente, se hoje 28 de maio de 2025, chegasse a este plenário uma nova ministra do Supremo Tribunal Federal e ela tivesse menos de 60 anos, levaria 15 anos para a próxima presidente do Tribunal Superior Eleitoral ser uma mulher.
Cármen Lúcia, ministra do STF e presidente do TSE