Fifa pede explicações à CBF por suposta irregularidade na contratação de Ancelotti
A Fifa pediu explicações à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por ter recorrido a um intermediário sem licença para a contratação do italiano Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção, segundo uma carta vazada na imprensa.
A CBF, por sua vez, afirmou à AFP na quinta-feira (29) à noite que "está avaliando a situação internamente".
Ancelotti, de 65 anos, assumiu o cargo na última segunda-feira, depois de um acordo com a CBF para comandar a Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2026.
Segundo uma carta da Fifa divulgada pela imprensa e datada de 28 de maio, a entidade máxima do futebol mundial pede à CBF informações sobre Diego Fernandes, "um intermediário sem licença", que teria participado das negociações com o treinador italiano.
A Fifa considera que isto "pode configurar uma violação" do Regulamento de Agentes de Futebol.
O documento pede que a CBF informe detalhes sobre o papel de Fernandes, cópias de pagamentos efetuados, qualquer comunicação relacionada à contratação e qualquer acordo firmado com o intermediário.
Consultada pela AFP, a CBF afirmou que "os termos que envolveram a negociação para a contratação de Carlo Ancelotti e sua comissão técnica possuem cláusulas de confidencialidade e foram elaborados pela antiga gestão", do ex-presidente Edinaldo Rodrigues, destituído por decisão da Justiça no dia 15 de maio.
"A atual gestão está avaliando a situação internamente, trabalho liderado por sua área de governança", acrescentou a entidade.
A assessoria de Fernandes afirmou, por sua vez, que o contrato "respeita rigorosamente todas as normativas da CBF e da Fifa.
O empresário brasileiro atuou como "consultor" devido ao "curto prazo" da negociação, incompatível com o processo de registro como agente Fifa.
Em nota, a assessoria explicou que Fernandes "só poderá receber qualquer montante referente à intermediação após sua inscrição como agente intermediário de futebol junto à CBF".
Segundo a imprensa, ele receberá uma comissão de 1,2 milhão de euros (R$ 7,7 milhões na cotação atual) pela negociação.
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