França condena acusações israelenses de incitação ao ódio
A França rejeitou, nesta quinta-feira (22), os comentários do ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, que acusou os países europeus de "incitar o ódio" após o assassinato de dois funcionários de sua embaixada em Washington.
As críticas de Saar ocorrem em meio à crescente pressão internacional sobre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para interromper sua ofensiva em Gaza e permitir a entrada de ajuda humanitária no território palestino.
"Há uma ligação direta entre este assassinato e a incitação antissemita e anti-israelense. Esta incitação ao ódio também é obra de líderes e autoridades em muitos países e organizações internacionais, especialmente na Europa", disse Saar.
O porta-voz da diplomacia sa, Christophe Lemoine, chamou os comentários de "escandalosos" e "injustificados".
"A França condenou, condena e sempre condenará inequivocamente qualquer ato antissemita", acrescentou.
Após o ataque do lado de fora do Museu Judaico em Washington, o presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou um ato "antissemita" e enviou ao seu homólogo israelense, Isaac Herzog, suas "condolências às famílias e entes queridos das vítimas".
O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, também pediu nesta quinta-feira "uma vigilância reforçada de locais relacionados à comunidade judaica" na França, a maior do mundo, depois das de Israel e dos Estados Unidos.
Dt-fc-tjc/mb/aa/jc
© Agence -Presse