Polícia prende beneficiário de Pix de sequestro em pet shop em SP

Um homem acusado de receber Pix de uma mulher sequestrada em março no estacionamento de um pet shop na zona sul de São Paulo foi preso ontem pela polícia.
O que aconteceu
Homem foi identificado como o destinatário das transferências bancárias que a vítima foi obrigada a realizar. Ele foi preso nessa quinta-feira por agentes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Homem tinha mandado de prisão temporária em aberto. A polícia informou que ele permanece "à disposição da Justiça".
O UOL não localizou os advogados do acusado. A reportagem tentou contato com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para saber se ele tem um advogado, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
Entenda o caso
Vítima foi sequestrada em 10 de março, no estacionamento de uma unidade da Cobasi, na avenida Giovanni Gronchi, zona sul de São Paulo. Os criminosos a obrigaram a realizar transferências via Pix antes de fugirem em direção ao bairro Jardim Ângela, onde foram interceptados pela Polícia Militar.
Polícia baleou um dos criminosos. Durante a abordagem, um dos suspeitos foi baleado pela polícia, segundo informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública). Ele foi socorrido e encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ainda segundo o órgão, a arma que ele usava no sequestro era um simulacro.
Mulher sofreu escoriações nos braços. A vítima foi resgatada sem ferimentos graves, mas apresentava escoriações nos braços e estava em estado de choque. O caso será registrado no Distrito Policial da região.
Áudios detalham momentos de pânico
Vítima relatou ameaças de morte durante as cerca de três horas em que esteve com os sequestradores. "Eles rodaram muito comigo [dentro do carro]. Ele falava para mim: 'se você errar a senha, se você mentir qualquer coisa, eu vou te meter a bala na cara'", disse, em áudios divulgados pelo Bom Dia SP, da TV Globo.
Mulher contou que ficou assustada com a troca de tiros entre os criminosos e agentes da Polícia Militar. "Meu marido ficou uma hora com os policiais por telefone e me rastreando. Quando eles fugiram, só escutei barulho no teto do carro, o vidro do carro estourando e era tiro", afirmou.
Nos áudios, ela também relata que viveu horas de "terror". "Não desejo isso para o meu pior inimigo. Foi terrível", finalizou.