Ainda não tem um
email BOL? Assine

BOL Mail com até 18 GB Clube de descontos, antivírus e mais
Topo
Notícias

77% da indústria em SP tem dificuldade para achar funcionários, diz estudo

Indústria é a escolha de apenas 11% dos trabalhadores - Getty Images
Indústria é a escolha de apenas 11% dos trabalhadores Imagem: Getty Images

Colaboração para UOL

29/05/2025 15h29

Uma pesquisa realizada pelo departamento de Economia da Fiesp mostra que 77,1% dos industriais paulistas que buscaram contratação de novos funcionários entre o início de 2024 e março de 2025 tiveram dificuldades durante o processo.

O que aconteceu?

Participaram da pesquisa 369 indústrias de transformação do estado de São Paulo, de 12 segmentos, e de todos os tamanhos. O levantamento "Pesquisa Rumos da Indústria Paulista" mapeou quais dificuldades o setor industrial enfrenta na contratação de mão de obra, quais perfis de trabalhadores são mais buscados e quais áreas são mais demandadas.

A principal faixa etária em que as indústrias estão com dificuldade na contratação é a de 21 a 30 anos (61%). Em seguida, 31 a 40 anos (23,8%). Atualmente, a taxa de desemprego no estado de São Paulo é de 6,2%, o que representa o maior nível de ocupação desde 2012.

A falta de mão de obra é um fenômeno global que atinge países emergentes e desenvolvidos. Criar oportunidades para que mais mulheres ingressem no mercado de trabalho, para imigrantes, jovens e idosos pode diminuir o déficit entre as vagas disponíveis e os trabalhadores, na avaliação da Fiesp.

A indústria é a escolha de apenas 11% dos trabalhadores, quando na geração anterior era de 24%. Neste período, trabalhar por conta própria se tornou aspiração da maioria: é o desejo de 58% dos entrevistados, contra 45% da geração de seus pais. O resultado é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva encomendada por Fiesp e Senai-SP.

No geral, apenas 27% dos trabalhadores paulistas estão plenamente satisfeitos com o trabalho. É o mesmo percentual de satisfação dos industriários - o mais alto entre o setor privado, seguido de 23% na construção, 21% nos serviços e 11% no comércio. Entre os trabalhadores por conta própria, o percentual de satisfação alcança 41% e entre os servidores públicos 47%.

Trabalho deixou de ser sinônimo de emprego. Aquela segurança que o trabalho formal, com carteira assinada traz, também traz uma amarra que faz com que o trabalhador se sinta preso, com pouca flexibilidade para conciliar vida pessoal e profissional Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva

Notícias