Homem confessa ter matado ex e jogado corpo no rio Tietê, em São Paulo

Um homem confessou na noite de ontem ter matado a ex-mulher e jogado o corpo dela no rio Tietê, em Osasco. A informação é da Polícia Civil de São Paulo.
O que aconteceu
A promotora de eventos Amanda Caroline de Almeida, de 32 anos, estava desaparecida desde a última segunda-feira. Ela foi vista pela última vez em Osasco, na Grande São Paulo, onde morava.
Seu ex-marido, Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, de 35 anos, teria confessado à polícia ter matado Amanda por asfixia e jogado o corpo no rio. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao 4º Distrito Policial de Osasco.
Suspeito contou com ajuda do irmão para se livrar do corpo. À polícia, Carlos entregou o envolvimento do parente, de 38 anos, que foi preso preventivamente hoje. Os dois podem responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.
Câmeras de segurança mostram o homem na casa da ex
Na noite do desaparecimento, um amigo do trabalho deu carona para a promotora até em casa. Segundo o delegado José Luiz Nogueira, do 4° DP de Osasco, ao chegarem no local, a vítima estranhou a presença do carro do ex-marido. Mesmo assim, se despediu do amigo e entrou na residência.
Inicialmente, suspeito negou envolvimento com o desaparecimento da ex-mulher. Ele teria dito em depoimento que viu Amanda pela última vez no domingo (18) e justificou ter deixado o carro perto da casa dela após problemas mecânicos no veículo.
Imagens de câmeras de segurança mostraram duas pessoas saindo da casa de Amanda com algo parecido com um corpo enrolado em um cobertor. Ao ser confrontado com essa informação, Carlos teria mudado sua versão dos fatos e confessado o crime, apontando o irmão como cúmplica, segundo a polícia.
Corpo da vítima ainda não foi localizado. A SSP (Secretaria de Segurança Público) informou, em nota, que a polícia e os bombeiros estão trabalhando nas buscas no rio Tietê.
Relacionamento do casal durou 16 anos e eles tiveram três filhos juntos: de 14, 7 e 5 anos. Conforme o delegado, o casamento teria terminado há cerca de dois ou três meses.
A suspeita da polícia é de que Carlos não aceitava o término da relação. A motivação do crime, no entanto, ainda não foi esclarecida. O carro do suspeito foi periciado e novos exames foram solicitados para auxiliar os investigadores a esclarecer as circunstâncias do crime.
O UOL não localizou os advogados de Carlos e seu irmão. A reportagem tentou contato com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para saber se eles têm advogado, e procurou familiares para saber a versão deles dos fatos. O espaço segue aberto para manifestações.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.