Casal morto em ataque em Washington iria ficar noivo nos próximos dias

Os dois funcionários da Embaixada de Israel mortos em um ataque em Washington D.C. ontem eram um casal que estava prestes a noivar, segundo autoridades diplomáticas.
O que aconteceu
Yaron Lischinsky, 30, e Sarah Lynn Milgrim, 26, foram baleados ao deixar um evento diplomático no Museu Judaico. O homem era israelense nascido em Nuremberg, na Alemanha, e a mulher era nascida em Kansas, nos Estados Unidos.
Sarah trabalhava no departamento de diplomacia pública da embaixada. Entre as funções que ela exercia estava a organização de eventos e de viagens diplomáticas a Israel. Ela era funcionária do local desde novembro de 2023, segundo publicações nas redes sociais.
Mulher citou "construção da paz" como uma das suas paixões. Em sua descrição no LinkedIn, Sarah falou sobre seu trabalho facilitando "discussões sobre geopolítica em Israel e na Palestina".
Yaron, por sua vez, era assistente de pesquisa do setor político do órgão. Ele trabalhava na embaixada desde setembro de 2022 e compartilhava sua rotina na rede social, com uma foto ao lado do presidente de Israel, Isaac Herzog. Ele também usava o LinkedIn para compartilhar publicações das Forças de Defesa de Israel.
Noivado dos dois aconteceria em Jerusalém. Segundo o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, Yaron tinha comprado um anel e aproveitaria uma viagem para pedir a namorada em casamento.
Ataque aconteceu no coração de Washington D.C.
Dois funcionários da embaixada israelense foram mortos a tiros próximo ao Museu Judaico da capital americana. O crime aconteceu ontem à noite, perto do escritório da agência da campo do FBI na cidade.
Eles tinham acabado de deixar o local, que recebia um evento do Comitê Judaico Americano. Em nota, o órgão lamentou o ocorrido e disse que estava "devastado". "Em um momento como este, a comunidade judaica permanece forte e unida", afirmou.
As mortes foram confirmadas pela secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem. "Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações para compartilhar. Por favor, orem pelas famílias das vítimas", escreveu Kristi no X antes do pronunciamento da polícia.
Suspeito gritou "Palestina Livre" após ser preso. Segundo a polícia de Washington DC, Elias Rodríguez, 30, foi visto caminhando de um lado para o outro perto do museu pouco antes do ataque. Testemunhas afirmaram que chegaram a prestar socorro a ele, sem saber que ele era o atirador. "Achávamos que ele precisava de abrigo. Quando a polícia apareceu, ele falou: eu fiz isso, não estou mais armado", disse Yoni Kalin ao jornal BBC.
Ele contou à polícia onde tinha escondido a arma do crime. O objeto foi recuperado e o homem foi levado à delegacia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o reforço da segurança das missões diplomáticas de seu país em todo o mundo. Ele atribuiu o ataque à "selvagem incitação" à violência "contra o Estado de Israel".